Muitas vezes, os sintomas estão lá, mas nós ignoramo-los e vamos adiando a realização de um simples rastreio. Simples, mas de grande importância, já que esta é a forma mais fácil e rápida de identificar problemas visuais que, se não forem detectados e corrigidos a tempo, podem evoluir para situações mais complexas. Isto mesmo é realçado pela Direcção-Geral da Saúde (DGS) no documento “Boas Práticas em Oftalmologia”, onde fica claro que “a melhor forma de identificar a doença ocular/visual e de prevenir a cegueira é através da detecção precoce/diagnóstico precoce”.

A não realização de rastreios visuais regulares pode, de facto, conduzir a problemas graves, como constata a Organização Mundial da Saúde no primeiro “Relatório Mundial Sobre a Visão”, produzido em 2019, e onde ficamos a saber que a deficiência visual ou a cegueira afectam pelo menos 2,2 mil milhões de pessoas, ou seja, mais de um quarto da população total mundial. Segundo os dados que constam no relatório, cerca de mil milhões de pessoas têm uma deficiência visual que poderia ter sido prevenida ou tratada. São números realmente significativos, sobretudo se pensarmos que para muitas destas pessoas, especialmente as que habitam em países desenvolvidos, os rastreios são acessíveis e até, nalguns casos, gratuitos, tais como os que são disponibilizados, por exemplo, em todas as lojas Alberto Oculista. Com efeito, aqui são realizados exames de optometria e contactologia a todas as pessoas que o solicitem, com vista a detectar problemas oculares, propor soluções e até encaminhar para consultas de Oftalmologia sempre que tal se revele necessário.

Quando realizar um rastreio visual?

Uma das dúvidas mais frequentes no que toca à realização de rastreios visuais é qual o momento certo para o fazer. Segundo Ana Martins, ortoptista e directora operacional da zona de Lisboa da Alberto Oculista, há alguns sintomas que alertam para essa necessidade, nomeadamente, “dores de cabeça, dificuldade a ver ao longe ou perto, dificuldade em conduzir por causa das luzes dos outros carros, comichão e secura ocular”. Todavia, a especialista da visão realça que o “mais importante” a reter e pôr em prática é “mesmo sem sintomas, fazer rastreio para prevenir”. Só assim se conseguirão detectar problemas e doenças atempadamente, com o objectivo de os corrigir e tratar, sempre que necessário.

De acordo com a ortoptista, o rastreio “deve ser realizado de dois em dois anos normalmente”, isto é, se não houver outra indicação para a realização de rastreios mais frequentes ou se a visão não apresentar os sintomas descritos anteriormente. Todavia, destaque-se que as pessoas com diabetes, as que têm familiares com glaucoma (doença que atinge o nervo óptico podendo evoluir até à cegueira) ou que têm mais de 65 anos de idade estão em maior risco de desenvolver doença ocular, como destaca a DGS, pelo que os rastreios deverão seguir a periodicidade indicada pelos profissionais de saúde para cada caso específico.

E as crianças, quando devem fazer um rastreio?

Ana Martins explica que, no caso das crianças, “o rastreio deve fazer-se assim que os pais percebam que o filho se aproxima demasiado das coisas para conseguir ver ou entorta os olhos”. Caso contrário, isto é, se nada disto acontecer, então, a altura ideal para a realização de um rastreio ocular aos mais pequenos é “antes de entrarem para a escola, por volta dos 5/6 anos de idade”. Este aspecto é muito relevante, já que se sabe que, depois dos 6 anos, uma grande parte dos problemas relacionados com o desenvolvimento da visão é de tratamento mais difícil e, com frequência, não se consegue a recuperação total.

No caso de já ter sido diagnosticado um problema visual à criança previamente, a ortoptista salienta que “tem de haver um acompanhamento com menor intervalo de tempo, que pode ser de 6 meses ou menos”, sendo que “se tiver sintomas antes dos 2 anos de idade, também deve fazer um exame”.

Os rastreios na infância devem ser valorizados e integrados nas rotinas dos cuidados de saúde, uma vez que, de acordo com dados referidos pela DGS no documento “Boas Práticas em Oftalmologia”, estima-se que existam entre 3 a 4% de crianças com estrabismo (olhos desalinhados) e cerca de 20% tenham um defeito de refracção, o qual resulta, em regra, do formato irregular dos olhos. Além disso, calcula-se que a ambliopia nas crianças (o vulgarmente designado “olho preguiçoso”) se situe entre 1 a 2,5 %, muitos destes casos devidos a um problema de refracção ou a estrabismo não corrigidos atempadamente.

Foto

O que é analisado num rastreio?

Os rastreios visuais são compostos por diversos exames destinados a avaliar a acuidade visual, isto é, como refere Ana Martins, “a capacidade que a pessoa tem de ver com e sem óculos, bem como os campos visuais, a percepção de cores, tensão ocular e movimentos oculares”. Para tal, são levados a cabo vários exames de optometria e contactologia, que no caso da Alberto Oculista são totalmente gratuitos. Como resultado da avaliação realizada, e se for detectado algum problema, o ortoptista prescreve a solução adequada ao caso. Se se tratar de uma situação que implique correcção através de lentes oftálmicas graduadas, as lojas da marca garantem que, em três horas, o cliente terá os seus óculos prontos. No caso de lentes de contacto, a solução será dispensada no momento se a loja possuir o artigo em stock.

De salientar que a Alberto Oculista disponibiliza um serviço único e pioneiro no nosso país – o serviço Óculos 100% à Medida -, distinguido com o Prémio Cinco Estrelas 2022, que permite a criação de óculos graduados totalmente personalizados, não só de acordo com as necessidades visuais de cada pessoa, mas também tendo em conta as suas preferências estéticas e medidas do rosto, garantindo total conforto e exclusividade.

Como faço para marcar um rastreio?

Para a realização de um rastreio, basta que a pessoa se dirija a uma das inúmeras lojas da rede Alberto Oculista existentes em todo o país (de Norte a Sul, incluindo ilhas e dispondo até de uma loja em Madrid, Espanha) e solicitá-lo no momento. Pode também proceder a marcação, através do site da marca ou através do telefone 707 101 500. Ana Martins sublinha que todos os técnicos e colaboradores “prezam a qualidade do serviço e atendimento, com o encaminhamento mais adequado para cada um dos clientes”.