Todos os anos, o concurso internacional Underwater Photographer of the Year (Fotógrafo Subaquático do Ano) premeia as melhores fotografias registadas debaixo de água -  seja no mar, lagos, rios e até piscinas -, uma forma de mostrar o mundo aquático e o que existe para além dele. 

Este ano, o mergulhador francês Gabriel Barathieu foi eleito o Fotógrafo Subaquático do ano 2017, com a imagem de um polvo que parece estar a dançar. Barathieu estava com água pelos joelhos quando fotografou o animal que naquele momento se encontrava a caçar as suas presas numa lagoa da pequena ilha de Mayotte, no Oceano Índico. “Tive de esperar por uma baixa-mar na altura das marés vivas quando a água tem só 30 centímetros de profundidade, para que o polvo enchesse toda a coluna de água”, explicou Barathieu, numa nota de imprensa. "E só aí é que tirei a fotografia. A lente de 14 mm é uma lente Ultra Grande Angular, que aumenta aquilo que é fotografado. O polvo parece maior e a altura da água também", disse.

O Prémio Fotógrafo Subaquático Revelação do ano 2017 foi para o argentino Horacio Martinez, com a imagem de um tubarão no Mar Vermelho. “O fotógrafo 'viu' a luz e percebeu o seu efeito dramático muito bem, usando-o para contrastar com o pequeno tubarão num mundo grande, azul e solitário", comentou o presidente do júri Peter Rowlands, na nota de imprensa. Para a mesma categoria mas apenas de nacionalidade britânica, o júri nomeou Nick Blake como Fotógrafo Subaquático Britânico do Ano e Nicholai Georgiou como Fotógrafo Subaquático Britânico Revelação do ano. Para além destes prémios, existem mais 10 categorias, todas relacionadas com o mundo debaixo de água.

"Este ano, vimos mais de 4500 fotografias subaquáticas, os melhores disparos de fotógrafos de pelo menos 67 países", escreveu Alex Mustard, um dos membros do júri. "Isto é mais do que um instantâneo, é quase um compêndio das fronteiras da fotografia". No total, 100 imagens foram premiadas e distinguidas pelo júri. "Fui cativado não só pelas fotografias vencedoras mas também pelas histórias por detrás dessas imagens. A concepção, o planeamento e o esforço físico para alcançar um resultado bem-sucedido", explica Peter Rowlands numa nota enviada pelos organizadores do concurso. "São esses esforços que nós, como júris, prestamos o nosso respeito tirando dois dias para nos reunir, sentar e olhar em detalhe para todas as imagens", acrescentou. "Mal posso esperar pelo concurso do próximo ano".