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Estas clínicas prometem curar a homossexualidade

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Foi há cerca de quatro anos que a fotógrafa equatoriana Paola Paredes ouviu pela primeira vez falar de clínicas que alegavam curar a homossexualidade no Equador. Pensou de imediato que podia ser ela uma das pacientes. À medida que foi investigando, Paola descobriu cerca de 200 clínicas clandestinas que operam "nas brechas que existem entre leis progressistas e crenças conservadoras". O secretismo que envolve a existência destas instituições e práticas tornou impossível uma abordagem documental ao tema; em vez disso, Paola entrevistou várias vítimas deste tipo de terapia e visitou uma das clínicas, acompanhada dos seus pais, que a apoiaram na realização do projecto. "Não se trata apenas de um crime infligido a homossexuais e transexuais, trata-se da violação de direitos humanos", explicou ao P3 em entrevista. "No início do projecto era um pouco ingénua e queria mesmo que todas estas clínicas fossem encerradas. Após trabalhar neste projecto durante um ano, tendo em conta tudo o que aprendi através de pesquisa e do contacto com os pacientes', percebi que isso não é possível. Espero, por isso, que o projecto sirva para aumentar a consciencialização sobre esta realidade e para lançar o debate sobre esta matéria." O trabalho de Paola pode ser acompanhado através da sua conta de instagram.