Fotografar uma autobiografia sem roupa

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Estes nus que são auto-retratos são “fortes, poderosos, dinâmicos e interessantes”. Quem o diz é Polly Penrose, a fotógrafa inglesa que começou por ser a própria modelo (“Estava sempre disponível”, diz ao P3) num projecto que pode durar muitos anos. “Queria que fossem honestos e figurativos, em vez de sedutores”, explica. Nos últimos sete anos, Polly tem-se fotografado nua em vários locais, num processo “muito físico” que retrata também o envelhecimento do corpo. Cada auto-retrato de “A Body of Work” leva o seu tempo, deixa-a cansada e com dores. É repetitivo. “Da mesma maneira que mostram a viagem física do meu corpo ao longo do tempo, [as fotografias] também revelam uma viagem emocional. Cada uma retrata um momento de forma imparcial, como marcas num calendário da minha vida”, reflecte. O projecto, cujas imagens já estiveram em exposição em Londres, onde Polly vive com os seus dois filhos, é para continuar enquanto se conseguir movimentar para fotografar. AMH