Talvez a melhor forma de classificar Dead Elvis & His One Man Grave seja mesmo aceitar a definição do próprio: zombie rock & roll. Este enigmático Elvis faz música e negócio a partir da tumba e é o primeiríssimo dos fãs a assumir que o rei está morto. Sozinho em palco, vestido de branco, de sapatilhas Converse, pois então, Dead Elvis dedilha a sua guitarra e afronta a bateria com o sotaque e o vocabulário do rock & roll. Pormenor nada despiciendo, este Elvis fúnebre usa uma máscara, que qualquer zombie que se preze não desprezaria. Resultado: uma noite de rock & roll acelerado e festivo; uma noite de pândega q.b no Cave 45, no Porto, a sala de concertos para estas coisas e outras mais pesadas, como se depreende com facilidade das fotografias desta galeria, da autoria do Paulo Pimenta. Esta quinta-feira foi a vez do Sabotage, em Lisboa, tomar consciência, de vez, que o Elvis está morto, mas canta. E se duvidarem, espreitam aqui.