A fotojornalista belga An-Sofie Kesteleyn perguntou-se: "Alguma vez se ouviu falar de obesidade no Japão? Será que ela existe lá?" e foi procurar a resposta. E encontrou Yuna, uma menina japonesa de 11 anos, que sofria de obesidade até ser internada no TSU National Hospital, onde perdeu 30 quilos no período de seis meses. "Comecei a pensar mais no Japão por ser mais conhecido pela comida saudável", comentou An-Sofie em entrevista ao P3.

Foi por recomendação de professores que Yuna foi internada, juntamente com quatro outras meninas da mesma escola. A sua rotina diária passa por despertar às seis horas da manhã e pesar-se. Segue-se uma sessão de exercício físico e só depois o pequeno-almoço — caloricamente quantificado e supervisionado para evitar que seja consumido num período inferior a 20 minutos. Yuna e os colegas dirigem-se para a escola, que fica em frente ao hospital, e voltam à hora do almoço e à hora de jantar. Aos fins de semana, alguns voltam a casa; durante essas visitas são encorajados a mostrar as fotografias das refeições à família.

"Este projecto serve para mostrar que a obesidade está a aumentar por todo o mundo, até mesmo no Japão, devido à influência da "fast-food" e do estilo de vida ocidental. Até em Okinawa, a cidade mais saudável do mundo, onde as pessoas chegam facilmente aos 100 anos de idade, existem cadeias de 'fast food' americanas." A belga está convencida de que a comida é a chave para uma vida saudável.