Os retratos “queer” de Rita Roque

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Escreveu Susan Sontag no ensaio "Notes on 'Camp'": "What is most beautiful in virile men is something feminine; what is most beautiful in feminine women is something masculine." Rita Roque guia-se por esse aparente paradoxo. Também para a ilustradora de 29 anos, o mais bonito no mais viril dos homens é o seu lado feminino — e vice-versa. Os seus retratos espelham-no e pintam um universo marcadamente "queer". "São personagens que têm dois mundos", comenta ao P3. Mulheres com resquícios de barba, homens com maquilhagem sem tempo, como se vê num dos seus desenhos preferidos deste ano (n.º 12). "Imagina um 'performer', que acabou de se trasvestir, e está-se a apresentar com as sobras daquele processo numa relação com o feminino." Nascida em Genebra, Rita Roque vive hoje no Porto, onde frequentou o mestrado de Crítica de Arte da FBAUP. Actualmente, é monitora do Serviço Educativo em Serralves e foi a responsável pela curadoria da exposição "Les Jeux Interdits", integrada no festival LooseHoles, patente no edifício AXA até 9 de Junho. Os seus trabalhos podem ser vistos, principalmente, na Ó! Galeria e, agora, numa série de t-shirts que desenvolveu para a loja Wrong Weather

Wrong Weather
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