O mundo de texturas literárias de Catarina Sobral

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Catarina Sobral não anda aqui há dois dias. E não é só ilustradora: é muitas coisas. Com 27 anos, já pôs os pontos a decretar "Greve", no seu primeiro álbum ilustrado, Menção Especial do Prémio Nacional de Ilustração de 2011, para crianças e não só. Agora tem outro a caminho, "Achimpa", editado no final do mês. Nascida em Coimbra, em miúda Catarina Sobral queria ser pintora, mas acabou por seguir Design. Assumiu-se como ilustradora em 2010, quando começou a colaborar com revistas nacionais, ao mesmo tempo que fazia uma pós-graduação precisamente em Ilustração. No seu trabalho, aplica técnicas mistas, cuzando colagens com manchas de cor plana, texturas e padrões. O trabalho analógico é o que a mais impulsiona: da pintura às monotipias, ao desenho a lápis ou a pastel de cera. Já deu mergulhos nos oceanos da gravura e do cinema de animação e continua a trabalhar como designer de comunicação. E este ano ainda levou "Greve" à exposição portuguesa da Feira do Livro Infantil de Bolonha 2012. Ufa. Considera-se ilustradora, mas as palavras dos dois livros também são suas. Inspirações nestas lides? Artes visuais, literatura e cinema.