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Professor e escritor
Penso naqueles que partem, nos que deixam uma “vida” para trás. Que esperam eles encontrar, que não seja diferente de uma forma de viver despojada?
Que uma coisa pensa o cavalo outra quem está a montá-lo Alexandre O’Neill
Que incómodo deve ser o de viver com uma parede na cara.
É pena que um poeta, contista, filólogo e ensaísta desta envergadura não seja (re)conhecido. Por outro lado, para quê interpretá-lo mal e sujeitá-lo à mediocridade da nossa estupidez?
Onde reside a responsabilidade da indústria farmacêutica, cujos lucros astronómicos são incapazes de cobrir as despesas de fármacos para doenças raras? Quem nos desvia a atenção da raiz do problema?
Conviver com a violência brutal significa ter a consciência tranquila, o que, segundo Gideon Levy, é possível com estas premissas: somos os escolhidos, somos as vítimas e os outros não são humanos.
Estamos a acumular demasiados ódios e isso é mais pernicioso para Israel do que se possa imaginar. Eliminar a Palestina pode ser somente o rastilho de um prenúncio pior.
Um amigo pronunciou-se um dia sobre uma hipotética invasão do México pelos EUA. De nada valeria, dizia ele, aos mexicanos qualquer tipo de resistência. A única resistência possível seria o tempo.
