Sporting teve paciência para a vitória

“Leões” triunfam em Alvalade por 3-0 sobre o Vitória de Guimarães e ficam a seis pontos do título. Gyökeres voltou aos golos, com um bis.

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Gyökeres marcou dois dos três golos do Sporting Pedro Nunes / REUTERS
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Todos os fantasmas que assombraram o Sporting na primeira volta foram caçados. O empate em Braga na 4.ª jornada foi compensado com uma goleada de 5-0 em Alvalade, a derrota na Luz à 11.ª foi devolvida por números iguais (2-1) e, neste domingo, os “leões” também corrigiram o desaire em Guimarães na 13.ª ronda com um 3-0 sobre o Vitória. Num dos jogos com maior grau de dificuldade no que resta da época dos “leões”, tudo correu bem: goleada paciente, maior proximidade do título de campeão e o fim da alegada crise do seu maior goleador. Gyökeres, que já não marcava há cinco jogos, marcou mais dois.

Este Vitória de Álvaro Pacheco é uma equipa de bons princípios, bem construída e com alma para se bater em qualquer campo e contra qualquer adversário – na segunda volta, já tinha vencido o FC Porto e empatado com o Benfica, depois do triunfo na primeira volta sobre o “leão”. E, se havia equipa que podia dar alguma emoção ao campeonato, era esta. E durante a primeira meia hora, parecia ter as ferramentas para aguentar com a capacidade ofensiva do líder. Mas era uma falsa segurança. O Sporting só estava a ser paciente.

A maior surpresa entre as duas equipas que subiram ao relvado de Alvalade foi a ausência de Jota Silva – o internacional português, grande destaque do Vitória, ficou no banco. Se isso dava menos poder de fogo aos visitantes, não prejudicava a sua capacidade em povoar o meio-campo e deixar fora do jogo Bragança e Hjulmand, tirando também a capacidade do Sporting em activar Gyökeres. Os “leões” não conseguiam, de facto, fazer muito no ataque, mas também não davam nada ao adversário.

Os anfitriões circulavam de um lado para o outro e, depois, pelo meio até encontrarem espaço. O primeiro aviso chegou aos 21’, com Geny a atirar na direcção da baliza, mas Borevkovic tirou em cima da linha. Pouco depois, aos 30’, o primeiro golo, com muita paciência e um pouco de sorte à mistura. Trincão viu o caminho para Bragança na área e foi nessa direcção que encaminhou a jogada. O médio ganhou nos ressaltos e a bola sobrou para Pedro Gonçalves fazer o 1-0.

O Vitória tentou responder de imediato, com um lançamento na direcção de Afonso Freitas, que correu para a área e chocou com um imprudente Franco Israel. Era falta indiscutível do uruguaio e merecedora de penálti, mas Israel foi salvo pelos 70 centímetros que marcavam o fora-de-jogo de Freitas.

Depois do susto, o Sporting fez por tornar o resultado à prova de qualquer reacção vimaranense. Aos 47’, a paciência no ataque voltou a render. A jogada começou em Hjulmand, seguiu para Bragança e, depois para Pedro Gonçalves, antes de ser concretizada por Gyökeres – percebeu-se o alívio no sueco, que já não marcava há cinco jogos. Ainda voltaria a festejar.

Logo a abrir a segunda parte, aos 49’, Pedro Gonçalves levantou para Trincão, que, com um domínio soberbo entre o peito e os pés, captou a bola e entregou-a para um golo fácil de Gyökeres. Dificilmente o Vitória, mesmo já com Jota em campo, iria tirar alguma coisa do jogo. E o Sporting ficou-se pelos três num jogo que podia ter dado goleada. Continua o pleno em Alvalade (15 vitórias em 15 jogos), chega aos 80 pontos (está dez à frente do Benfica) e está a seis pontos do título.

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