Sp. Braga castiga Portimonense e ameaça FC Porto na Liga

Triunfo contundente por 3-5 deixa minhotos a dois pontos do terceiro lugar. Algarvios passam a ter a defesa mais batida da Liga, com 58 golos.

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Midana Cassamá, do Portimonense, e o bracarense Bruma em confronto LUSA/LUÍS FORRA
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Portimonense e Sp. Braga encerraram, esta segunda-feira, com triunfo dos minhotos, por 3-5, a 27.ª jornada da I Liga, que ditou a aproximação da formação "arsenalista" ao terceiro lugar da tabela classificativa. Tudo, em jogo de oito golos (e dois anulados) que pode ter marcado a despedida de Artur Jorge, "anunciado" como novo técnico do Botafogo, faltando concretizar as negociações entre os líderes António Salvador e John Textor.

O jogo de Portimão teve um início perfeito para os bracarenses, que em menos de três minutos chegavam a uma vantagem idealizada por Roger Fernandes e consumada por Bruma, na primeira oportunidade da noite. Os minhotos superavam, assim, a ausência de Ricardo Horta, desbloqueando um jogo em que Abel Ruíz poderia ter evitado alguns dissabores, acabando por permitir intervenção segura de Nakamura num remate que pedia melhor definição.

Sem marcar há quatro jogos, vindo de duas derrotas consecutivas e de um hiato de sete partidas sem vencer, a pressão exercida sobre a equipa algarvia, em posição de play-off de despromoção e sem a referência Carlinhos, aumentava drasticamente, obrigando a uma reacção forte.

E a resposta à eficácia dos bracarenses não tardou, com Hélio Varela a ser pisado por Serdar, na área, o VAR a corrigir o árbitro e Pedrão a bater Matheus de penálti. O Portimonense, com Moustapha Seck em destaque na esquerda, arrancava para um período de maior domínio, apenas traído pela ineficácia de Varela e Seck e pela elasticidade de Matheus na baliza minhota.

Os locais desperdiçavam um par de ocasiões flagrantes e pagavam um preço demasiado elevado, sofrendo o segundo golo na sequência de mais uma desatenção dos centrais, com Rodrigo Zalazar a abrir uma auto-estrada para Roger Fernandes dominar de peito e rematar apenas com Nakamura pela frente.

Depois de uma tentativa de reacção de Paulo Estrela, os últimos 15 minutos da primeira parte voltavam a ser de maior pendor ofensivo do Sp. Braga, com Banza a protagonizar o momento mais interessante, com um remate acrobático desviado por Alemão.

O aviso estava dado e Banza, no reatamento, só precisou de quatro minutos para dissipar eventuais dúvidas e reafirmar o desejo de aproveitar a derrota do FC Porto com o Estoril para encurtar distâncias para o terceiro lugar e oferecer a Artur Jorge uma possível saída em grande...

Banza (61') bisou, de penálti, e Bruma (69') aniquilou quaisquer possibilidades de uma reacção, conferindo ao jogo carácter de goleada que só um segundo e um terceiro golo algarvios, obtidos por Hildeberto Pereira (71') - ainda repetiu, mas em posição irregular - e Fukui (86') atenuaram, sem conseguir mascarar os 58 golos sofridos na época, pior registo da Liga.

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