Alteração às regras prevê novo cartão no futebol, o azul

Medida deverá ser anunciada na sexta-feira pelo IFAB, prevendo-se que inicie uma fase de testes já no Verão.

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Um cartão amarelo e um cartão azul também deverão dar lugar a expulsão Reuters/JOHN SIBLEY
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Como em todas as inovações, prepara-se para iniciar uma fase de testes, mas a ideia é que o cartão azul possa passar a fazer parte do léxico do futebol. A notícia foi avançada nesta quinta-feira pelo jornal britânico The Telegraph, que adianta que o International Board (IFAB) se prepara para anunciar uma suspensão temporária para os futebolistas. À imagem do que acontece, por exemplo, no hóquei em patins.

Cerca de 50 anos depois, haverá um novo cartão na calha no futebol. Depois do amarelo e do vermelho (para além do cartão branco que se usa em Portugal, sinónimo de fair-play), tudo indica que o cartão azul vai ser experimentado como forma de punir os futebolistas que cometam uma falta ostensiva (com o único intuito de travar a acção do adversário, sem interesse pela disputa da bola) ou que mostrem desrespeito para com a equipa de arbitragem.

O período de exclusão (que no hóquei em patins e no andebol, por exemplo, corresponde a dois minutos) deverá ser de 10 minutos, ficando também estipulado que a combinação de um cartão azul com outro cartão azul, ou com um cartão amarelo, dará lugar a expulsão.

A medida deverá começar a ser testada já no próximo Verão, mas sem integrar o principal campeonato. No caso de Inglaterra, fica aberta a porta a que jogos da Taça de Inglaterra, masculina e feminina, acolham esta inovação, até porque a federação inglesa, segundo o The Telegraph, ter-se-á disponibilizado para experimentar a medida.

De resto, já desde 2019-20 que o futebol jovem na Grã-Bretanha tem testado aquilo a que chama sin-bins, que mais não são do que suspensões temporárias. A experiência incluiu 31 campeonatos da formação e o chefe dos árbitros da FIFA, Pierluigi Collina, adiantou que até agora os resultados têm sido promissores.

"A experiência foi bem-sucedida no futebol de formação. Agora, estamos a falar num nível mais alto, no futebol profissional ou até ao nível da elite", vincou o italiano. "A ideia é aprofundar todos os detalhes, porque é fácil dizer que fazemos mas é mais difícil de regular. A ideia é pôr isto em marcha em breve".

No futebol de formação, porém, a suspensão temporária foi exclusivamente aplicada em casos de contestação das decisões da equipa de arbitragem: gritar com o árbitro, questionar decisões, atirar a bola contra o relvado. "Nesse aspecto, resultou muito, muito bem no futebol de base em Inglaterra", adiantou, em Novembro, o director executivo da federação inglesa, Mark Bullingham.

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