FC Porto descobriu o caminho dos golos

“Azuis e brancos” golearam o Moreirense e mantêm-se na perseguição a Sporting e Benfica.

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O FC Porto festejou cinco vezes contra o Moreirense LUSA/MANUEL FERNANDO ARAÚJO
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Já dizia Cristiano Ronaldo que os golos são como o ketchup. Pois bem. Neste sábado, frente ao Moreirense, o condimento caiu no prato dos portistas com fartura, depois de ter sido escasso em alguns jogos da equipa de Sérgio Conceição esta temporada. Vitória por 5-0 contra o sexto classificado naquele que foi o resultado mais folgado do FC Porto esta época — nunca os portistas tinham sequer marcado mais de três golos no campeonato.

Uma goleada que revela a superioridade portista na partida e, também, a eficácia dos “dragões”. Depois de vários encontros em que os portistas demonstraram alguma falta de eficácia, o embate com os “cónegos” mostrou que o FC Porto descobriu como se marcam golos — e a melhoria da produtividade parece estar muito ligada à mudança táctica promovida por Sérgio Conceição, que passou a apostar num avançado que tem estado de “pé quente” (Evanilson).

A noite estava fria, mas cedo começou a aquecer para os “dragões”. Depois de uns minutos iniciais intensos e que mostravam um Moreirense a fazer jus à posição que ocupava na tabela, um cruzamento de Francisco Conceição encontrou ao segundo poste Wendell, que colocou os portistas em vantagem (8’).

O filho do técnico “azul e branco” está a atravessar um bom momento e foi dos principais responsáveis pelos desequilíbrios que os homens da casa foram construindo ao longo do jogo.

Depois de um primeiro tempo em que a bola até nem andou muitas vezes perto das balizas, a segunda parte começou com uma jogada perigosa do Moreirense. Kodisang quase empatou o jogo depois de um bom trabalho individual, naquele que foi o lance mais perigoso dos “cónegos” em todo o encontro.

O susto serviu de aviso ao FC Porto que reagiu de imediato. Um cruzamento de João Mário esteve perto de fazer o marcador alterar-se, mas o segundo golo dos “azuis e brancos” não tardaria a surgir. Um canto curto do lado esquerdo do ataque deu origem a um cruzamento tenso que foi “penteado” por Evanilson. Tinham-se jogado apenas 15 minutos na segunda parte e as dúvidas em relação ao vencedor do jogo pareceram ficar desfeitas.

O Moreirense não mostrava capacidade de dar a volta ao destino da partida e apenas nove minutos depois, Galeno fez o 3-0, num remate de fora da área.

Sem “levantar o pé”, o FC Porto continuou a marcar e a desfazer aquela que era a terceira melhor defesa da I Liga até ontem à noite. E por um dos seus jogadores menos prováveis: Wendell. O brasileiro bisou na partida ao desviar um cruzamento de João Mário — o defesa tem apenas três golos marcados no campeonato e todos eles foram apontados ao Moreirense (na primeira volta foi o brasileiro que marcou em Moreira de Cónegos).

Com a goleada construída, ela foi aumentada já perto do apito final, por Alan Varela, numa recarga a um primeiro remate seu defendido por Kewin — o argentino mereceu o golo pois fez um belo jogo.

Estava feito o resultado final do encontro e estava consumado o terceiro jogo consecutivo do FC Porto sem sofrer golos — o segundo para o campeonato, com os portistas a manterem-se na perseguição ao comandante Sporting (a cinco pontos) e ao vice-líder Benfica (a quatro).

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