Liga de Bombeiros adia cobrança de taxas a aplicar aos hospitais pela retenção das macas

Direcção Executiva do SNS, Liga de Bombeiros Portugueses e INEM vão reunir no dia 18 para encontrar uma solução “estrutural” para o problema da retenção de macas e de ambulâncias nos hospitais.

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Presidente da Liga de Bombeiros Portugueses, António Nunes MIGUEL A. LOPES
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Os bombeiros adiaram a cobrança de taxas aos hospitais pela retenção das macas nas urgências após ter sido marcada uma reunião para dia 18, que incluirá o INEM, anunciou esta terça-feira o presidente da Liga de Bombeiros Portugueses (LBP).

Em declarações aos jornalistas à saída de uma reunião com o director executivo do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS), o presidente da LPB, António Nunes, disse que será realizada uma nova reunião para encontrar uma solução “estrutural”.

“Ficou decidido no próximo dia 18 às 15h00 fazer uma reunião entre a DE-SNS, LPB e INEM para encontrar soluções (…). Somos pessoas de bem e queremos o diálogo e não fazia sentido que continuássemos a insistir numa situação antes da reunião”, disse António Nunes.

A LPB aprovou na segunda-feira a aplicação de taxas aos hospitais pela retenção das macas de ambulâncias nas urgências, a partir de quarta-feira se não fosse apresentada uma solução pela direcção executiva do SNS.

No final de uma reunião do Conselho Executivo da LPB realizada em Gouveia, no distrito da Guarda, o presidente da Liga descreveu que a decisão foi que “por cada duas horas após a primeira hora são aplicados 50 euros, no segundo bloco de duas horas 100 euros, no terceiro bloco de duas horas 150 euros e depois 150 euros por cada duas além dessas”.

Em comunicado enviado às redacções nesta terça-feira, a DE-SNS refere que num ambiente aberto, na procura efectiva de soluções, em parceria, foram avaliadas várias medidas e discutidas as múltiplas dimensões deste complexo processo, tendo em atenção a justeza das preocupações das Corporações de Bombeiros. Até à reunião, diz ainda, as partes comprometem-se a estudar propostas de melhoria do sistema.

Paralelamente, a DE-SNS diz estar a trabalhar activamente com as Unidades Locais de Saúde, no sentido de elaborar medidas de contingência que permitam, mesmo na altura de picos de afluência, resolver os constrangimentos na recepção de doentes, de modo a libertar os meios do INEM e das Corporações de Bombeiros, para que possam dar resposta a outras ocorrências.

Quanto à inclusão também do INEM na reunião da próxima semana, a direcção presidida por Fernando Araújo escreve que será seguramente um garante para que os resultados que se pretendem obter, em conjunto, com planeamento, organização e estratégia,
envolvendo todos, sejam efectivos e defendam o Serviço Nacional de Saúde.

Já em Cantanhede, no distrito de Coimbra, também na segunda-feira, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, considerou incompreensível que os hospitais não encontrem um sistema para evitar a retenção de macas dos bombeiros.

Artigo actualizado às 16h18 com declarações da DE-SNS.

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