Voo de pássaro

Na asa do tempo, aquilo que nos parece trágico, pode vir a revelar-se uma vantagem. Não se sabe.

Na China, vivia numa aldeia um velho camponês muito pobre, mas invejado, porque tinha um cavalo branco de grande porte e elegância. Até reis e nobres já lhe tinham tentado comprar o cavalo por somas avultadas, mas o homem não o vendia, porque o cavalo era seu amigo e os amigos não se vendem. Numa manhã, descobriu que o cavalo tinha desaparecido. A aldeia inteira acusou-o de insensatez; devia ter vendido o cavalo, agora alguém o tinha roubado — “Que grande azar”. Mas o velho discorda: “Não diria tanto. Constato que o cavalo não está no estábulo. Agora se é azar ou se é sorte, não sei.” Daí a duas semanas o cavalo regressa acompanhado por uma dúzia de cavalos selvagens. As pessoas da aldeia, saúdam-no, reconhecendo que o azar acabou em sorte. E o velho repete: “Sorte, azar, quem sabe?”

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