Estoril volta a vencer FC Porto e está na final four da Taça da Liga

Equipa da casa conquista o Grupo D com um triunfo por 3-1. “Dragões” já não têm possibilidade de revalidar o trféu.

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Estoril e FC Porto em duelo na Taça da Liga LUSA/MIGUEL A. LOPES
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O Estoril venceu, esta quarta-feira, o FC Porto (3-1) em jogo da segunda jornada do Grupo D da Taça da Liga, apurando-se pela primeira vez para a "final four" da competição, com os "dragões", detentores do troféu, a serem eliminados antes mesmo de defrontarem o Leixões para a terceira ronda.

Depois do recente triunfo estorilista para a Liga, em pleno Dragão, os "canarinhos" voltaram a vencer com golos de Cassiano (22'), Rafik Guitane (90+1') e João Carlos (90+6'), com Pepê (34') a fazer o golo do FC Porto.

O jogo começou com o Estoril a pressionar alto e a criar dificuldades na construção de jogo dos portistas. Uma estratégia que, à mínima falha, expunha a equipa da casa ao ataque à profundidade dos “azuis e brancos”, que tinham Francisco Conceição à direita e Galeno à esquerda, prontos a disparar.

Uma ideia que teria de ser alimentada por passes longos, capítulo onde David Carmo não foi feliz, pelo que teve de ser a pressão portista a meio-campo — onde Taremi ajudou a desequilibrar — a estabelecer o controlo.

O Estoril, com Holsgrove e Mateus Fernandes como suplentes, demorava a acertar e à passagem do primeiro quarto de hora recebia um aviso de Francisco Conceição, cujo golo seria invalidado por posição irregular de Galeno no início do lance.

Esse foi um momento de epifania para os “canarinhos”, que em meia-dúzia de minutos chegaram à vantagem, numa transição com o último passe de João Marques e finalização de Cassiano (22') entre os centrais portistas.

O jogo do Dragão, para o campeonato, ajudava a reforçar a crença num resultado que colocaria automaticamente o Estoril na “final four”, mesmo com um “onze” alternativo. Vasco Seabra revolucionou a equipa, poupando oito unidades titulares em Braga, certamente a pensar no jogo com o Desp. Chaves e na retoma na Liga.

Sérgio Conceição, com três jogos em sete dias (seguem-se as recepções a Casa Pia e Shakhtar, em jogo decisivo na Champions), poupou quase metade do efectivo de Famalicão, apostando em Zé Pedro para lateral-direito, em David Carmo no eixo e em Grujic e Francisco Conceição, para além da troca da praxe na baliza.

Com Pepê a confundir o bloco defensivo ao assumir pontualmente a posição de Taremi, o FC Porto chegou ao empate num lance que teve assistência do iraniano e finalização do brasileiro (34'). Um resultado que mantinha tudo em aberto, ficando os "dragões" dependentes de uma vitória sobre o Leixões na terceira ronda.

Talvez por isso ninguém assumiu o risco até ao início da segunda parte, onde Heriberto e Taremi acertaram no poste em lances no limite do fora-de-jogo que o VAR teria de apurar.

Os treinadores endureceram posições, com Vasco Seabra a chamar Rafik Guitane e Conceição a lançar Evanilson no reatamento, gerindo depois com pinças, também a salvaguardar o aspecto disciplinar, sobretudo o FC Porto.

Com Evanilson a garantir o ataque e já depois da entrada de Toni Martínez, o FC Porto ainda voltou a ficar perto do golo e do triunfo, num cabeceamento do brasileiro à barra estorilista.

Essa poderia ser a última grande ocasião para alterar o resultado e dar ao vencedor da última edição uma vantagem importante para o jogo do Dragão. Mas o Estoril forçou e marcou aos 90+1', por Rafik, e aos 90+6' por João Carlos, de penálti.

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