Uma jornada depois, o Sporting regressou ao topo

Com uma boa exibição frente ao Gil Vicente e mais um “bis” de Viktor Gyökeres, os “leões” venceram em Alvalade, por 3-1, e assumiram de novo a liderança da I Liga

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Gyokeres fez mais dois golos pelo Sporting LUSA/MIGUEL A. LOPES
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Se havia dúvidas, o Sporting mostrou que está bem e recomenda-se. Uma jornada depois de perder “fora de horas” no Estádio da Luz o derby e a liderança da I Liga, os “leões” não desperdiçaram o deslize do Benfica na jornada 12 e, com uma exibição consistente e de qualidade, regressaram ao topo do campeonato. Numa partida em que o Gil Vicente até marcou primeiro por Rúben Fernandes, a equipa de Rúben Amorim nunca mostrou sinais de fraqueza e, com um golo na própria baliza (Pedro Tiba) e o quarto "bis" da época de Viktor Gyökeres, assegurou o triunfo (3-1) que coloca os “verdes e brancos” isolados na liderança da I Liga.

Antes de duas jornadas de grau de dificuldade elevado – deslocação a Guimarães e clássico com o FC Porto em Alvalade -, Amorim não poupou fichas no regresso da I Liga. Ainda com a amarga derrota na Luz bem presente, mas com uma boa reacção na Taça de Portugal (8-0 ao Dumiense) e Liga Europa (empate em Bérgamo frente à Atalanta), o técnico “leonino” colocou de início no duelo com o Gil Vicente os melhores trunfos.

Assim, no ataque à baliza barcelense, o Sporting avançou com Edwards, Gyökeres e Pedro Gonçalves, contando sempre com o apoio bem próximo de Morita. E, ainda antes de se completar o segundo minuto, foi o japonês que esteve muito perto de marcar.

Com os “leões” a procurarem desde o apito inicial manter rotações altas, uma boa jogada de Gyökeres e Esgaio parecia condenada a terminar com o golo de Morita, mas Félix Correia evitou um golo fácil para o nipónico: com um corte fabuloso, o avançado que jogou durante uma década na formação do Sporting evitou o primeiro golo sportinguista.

Mostrando confiança e vontade de acabar rapidamente com a resistência gilista, os sportinguistas continuaram a jogar com velocidade e intensidade, e, aos 9’, os adeptos “leoninos” festejaram: Edwards fez um passe perfeito para Gyökeres, que colocou a bola no fundo da baliza, mas o sueco está em fora de jogo por 23 centímetros.

Até aí, o Gil Vicente estava encostado às cordas e perto do KO, mas bastou uma ameaça da equipa de Barcelos - Miguel Monteiro não acertou bem na bola, após um cruzamento de Félix Correia - para refrear os ímpetos da equipa de Amorim.

A partir do minuto 13, o jogo passou a ser repartido e o Sporting passou sentir dificuldades para se aproximar da baliza do rival. E, numa fase de indefinição, um lance de bola parada colocou o Gil Vicente a ganhar: o capitão Rúben Fernandes, que estava em destaque a defender, avançou até à área de Adán e, de cabeça, fez o 0-1.

Para os “leões”, a bicada do “galo” podia deixar marcas, mas este Sporting atravessa uma fase de confiança e, com uma boa dose de felicidade à mistura, anulou a desvantagem ainda antes do intervalo: Após um corte incompleto de Zé Carlos, Nuno Santos rematou de fora de área sem a melhor direcção, mas a bola desviou em Pedro Tiba e entrou na baliza de Andrew.

Mesmo com a sua equipa a conseguir ter bons períodos nos 45 minutos iniciais, Amorim fez uma alteração tripla ao intervalo com forte impacto no seu sector mais recuado: Matheus Reis, Jeremiah St. Juste e Geny Catamo nos lugares de Nuno Santos, Inácio e Esgaio. E as mudanças resultaram numa “entrada de leão” do Sporting, que numa dezena e minutos resolveu a partida, com o suspeito do costume como protagonista.

Aos 52’, num lance algo confuso em que os gilistas pediram uma falta sobre Zé Carlos, Gyökeres colocou o Sporting na frente. Quatro minutos depois, Pedro Gonçalves colocou a bola no sítio certo e, com um sentido posicional perfeito, o sueco fez o 3-1.

Num ápice, os “leões” ficavam com dois golos de vantagem, depois do grande susto na primeira parte, e, numa posição cómoda, o Sporting seguiu o guião habitual desde que Amorim chegou a Alvalade: na frente do marcador, recuou e convidou o adversário a assumir a responsabilidade e a avançar no terreno.

Com o Gil Vicente forçado a arriscar mais, começaram a surgir mais espaços para Gyökeres atacar o espaço como tanto gosta e o sueco acabou por estar muito perto do hat-trick, mas o avançado viu ser-lhe anulado mais um golo por fora de jogo e, num par de ocasiões, ficou pelo “quase” na hora da concretização.

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