Golo na própria baliza desbloqueou a eliminatória para o Benfica

O Famalicão ofereceu uma boa réplica aos benfiquistas, mas acabou por ceder na Taça de Portugal após sofrer o primeiro golo aos 73 minutos.

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O Benfica segue em frente na Taça de Portugal EPA/JOSE SENA GOULAO
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Não foi nada fácil para o Benfica, mas, com dois golos e uma expulsão em cinco minutos, os “encarnados” conseguiram colocar um ponto final na resistência do Famalicão. Após a vitória frente ao Sporting para a I Liga, as “águias” regressaram ao Estádio da Luz e, com um triunfo por 2-0 – golos de Riccieli na própria baliza e Rafa na segunda parte -, os benfiquistas garantiram a qualificação para a quinta eliminatória da Taça de Portugal.

Duas semanas depois de conquistar um decisivo balão de oxigénio com os dois golos no período de descontos que asseguraram ao Benfica uma vitória vital no derby frente ao Sporting, Roger Schmidt atacou a Taça de Portugal com as mesmas armas.

Em relação ao jogo frente aos “leões”, o técnico germânico manteve quase tudo na mesma, com duas adaptações nas laterais da defesa (Fredrik Ausners à direita e Morato à esquerda) e Casper Tengstedt como a única novidade: após marcar o golo decisivo frente aos Sporting, o avançado dinamarquês ganhou o lugar a Petar Musa, ocupado o lugar de homem mais adiantado das “águias”. Mesmo tendo jogado a meia da semana no Brasil, Otamendi e Dí Maria continuaram intocáveis.

Do outro lado, o treinador João Pedro Sousa mostrou mais elasticidade na gestão da equipa entre campeonato e Taça – fez cinco alterações no “onze”, em relação ao último jogo frente ao Vizela, promovendo as entradas de Luiz Junior, Nathan Santos, Otávio, Puma e Henrique Araújo, para os lugares de Zlobin, Aguirregabiria, de Haas, Aranda e Pablo Felipe. Porém, mesmo mexendo quase metade da equipa inicial, os minhotos não perderam a ambição.

Mostrando audácia, o Famalicão entrou no Estádio da Luz com o objectivo de atacar, sempre que possível, a baliza de Anatoly Trubin e, no quarto minuto, Francisco Moura surgiu na cara do guarda-redes ucraniano, valendo um corte de Morato para impedir problemas para as “águias”.

A partir daí, o jogo ganhou qualidade e interesse. Sem amarras em nenhuma equipa, as oportunidades sucediam-se dos dois lados. Aos 10’, Aursnes rematou com perigo, mas Luiz Júnior mostrou a sua qualidade, negando o golo com uma palmada.

O Famalicão respondeu com dois remates perigosos de Puma Rodríguez (13’ e 29’), mas o Benfica podia ter chegado ao intervalo em vantagem no marcador, mas Tengstedt (15’ e 17’) e Di María (26’) ficaram-se pelas ameaças.

Com um empate a zero ao intervalo, a segunda parte teve em exibição uma cena tantas vezes vista no consulado de Schmidt em Portugal: mesmo com o Benfica em dificuldades, o técnico alemão voltou a mostrar pouco “jogo de cintura” no banco de suplentes. Com isso, os últimos 45 minutos mostraram uma equipa “encarnada” com menos capacidade de criar perigo e um Famalicão menos disposto a correr riscos.

O resultado, foi uma segunda parte da partida com menos qualidade e interesse, mas em meia dezena de minutos, o Benfica desbloqueou a eliminatória. Aos 73’, um cruzamento de Tengstedt foi desviado por Riccieli para a própria baliza, inaugurando o marcador. Nos minutos seguintes, Otávio viu um cartão vermelho directo e Rafa, com remate colocado, fez o 2-0. A menos de 15 minutos do fim, os campeões nacionais passavam a ter dois golos de vantagem e vantagem numérica.

A partir daí, pela primeira vez, o jogo tornou-se simples para o Benfica e Schmidt teve a oportunidade de começar a gerir a equipa - Orkun Kokçu regressou à competição; João Neves e João Mário foram substituídos -, já a pensar na recepção ao Inter na próxima quarta-feira, para a Liga dos Campeões.

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