Cartas ao director

Ouça este artigo
00:00
02:22

Os resultados da TAP

Tem havido algum entusiasmo com os 200 milhões de resultados positivos da TAP, como prova da sua vitalidade e da bondade da respectiva nacionalização. Os ventos vão de favor para todo o sector, uma boa parte das suas concorrentes até já reembolsou as ajudas recebidas, mas há um pormenor aqui a ter em conta.

A TAP está a operar com um brutal reforço de fundos de 3,2 mil milhões de euros a custo zero. Vamos supor que era uma empresa normal e que tinha de ir ao mercado buscá-los, sem participação nem garantias públicas. Considerando que o conseguia, em que que condições seria e quanto estaria a pagar de juros? Quanto desses 200 milhões restaria, caso a empresa tivesse de pagar os custos do financiamento da sua operação? É só fazer as contas…

Carlos J.F. Sampaio, Esposende

Acção social escolar

O PS repesca para o OE de 2024 uma proposta acordada em 2017 no Parlamento (mas que "ficou no tinteiro") para que às crianças que frequentam o ensino público básico e secundário e sejam abrangidas pelo escalão A da ASE (cujo agregado familiar aufira anualmente até 3363,01 euros) seja distribuído gratuitamente o pequeno-almoço. Neste ano de 2023, terão sido abrangidos por este escalão cerca de 40% dos alunos. Pergunto: as crianças do escalão B (que têm de pagar 50% das refeições) cujas famílias tenham um rendimento anual inferior a 6726,02 serão "remediadas"? Não deveriam ser contempladas todas cujo rendimento anual familiar seja inferior ao salário mínimo?

Domicília Costa, Vila Nova de Gaia

Parlapié político

Tem sido tão frequente o diz tu direi eu, ou o não fui eu quem disse mas talvez tenhas sido tu quem disse, que parece ser tudo uma encenação para distrair os contribuintes dos verdadeiros problemas de um SNS em desagregação, o ensino em ruptura, a carestia da vida que não é compatível com os vencimentos da maioria da população, o desaguisado verbal entre o Presidente Marcelo e o primeiro-ministro, António Costa, e a verborreia pública de Costa – que parece ter tomado a dianteira de uma "acusação" de hipotética fuga de segredo no Conselho de Estado e de conversas entre as mais altas personagens da política – parece ser uma manobra do primeiro-ministro para relegar os verdadeiros problemas do povo para segundo plano. Oxalá me engane.

Duarte Dias da Silva, Foz do Arelho

Sugerir correcção
Comentar