A Roma ofereceu uma noite descansada aos adeptos

Clima de pressão que se vive na capital italina foi amenizado por uma goleada ao Servette, na Liga Europa.

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Reuters/ALBERTO LINGRIA

A derrota pesada em Génova (4-1), há uma semana, tinha feito disparar os alarmes na Roma e a verdade é que a equipa ainda continua muito longe de poder acalmar o coração dos adeptos. Pelo menos nesta quinta-feira, porém, os “giallorossi” ofereceram uma noite descansada a quem se deslocou ao Estádio Olímpico para assistir ao jogo com o Servette (4-0), referente à 2.ª jornada da fase de grupos da Liga Europa.

Têm sido dias turbulentos os de José Mourinho. A prestação da equipa na Série A está muito abaixo das expectativas (13.º lugar, com duas vitórias, dois empates e três derrotas), a qualidade do futebol também não tem convencido e alguns dos reforços (como Renato Sanches, que tem sofrido lesões atrás de lesões) têm levantado dúvidas. A indisponibilidade de jogadores importantes, a espaços, neste arranque de época também não tem ajudado e, tudo conjugado, percebe-se que a equipa tem jogado sobre brasas.

Isso ficou bem visível nos primeiros 20 minutos do jogo desta quinta-feira. Diante de um Servette com menos atributos, a Roma teve dificuldade em impor-se e, aos 11’, foram os suíços a ameaçar. Os italianos precisavam de um golpe de asa para mudar a cor do jogo e ele chegou aos 20’: Belotti recuperou, Celik assistiu e Lukaku marcou. Foi o quinto golo em sete partidas nesta época.

O lance galvanizou a Roma e inibiu o Servette, que ficou em situação ainda mais delicada no arranque do segundo tempo, quando Belotti finalizou com classe já dentro da área. A assistência foi de uma das coqueluches da equipa, Lorenzo Pellegrini, lançado a partir do banco precisamente ao intervalo. O médio italiano apontou o caminho aos 46’ e apontou um golo aos 52’, após passe de Celik. Um momento de apoteose a que se seguiu um momento de azar. Cinco minutos depois sofreu uma pancada no tornozelo e teve de abandonar o encontro lesionado. Uma amostra de jogo atribulada, como o arranque de época da Roma.

Mas o embate com o Servette estava já em velocidade de cruzeiro e Belotti ainda foi a tempo de engrenar mais uma mudança, com um cabeceamento oportuno após um pontapé de canto.

O triunfo estava garantido, o que significa que a Roma passa a somar seis pontos, e em condições normais ocuparia o primeiro lugar do Grupo G. Não é isso que acontece simplesmente porque o Slavia Praga alcançou uma goleada ainda mais expressiva na recepção ao FC Sheriff: ao intervalo já vencia por 3-0 e terminou com um demolidor 6-0 que é suficiente para deixar os checos (que também têm seis pontos) com melhor diferença de golos na classificação. E que foi, de longe, o resultado mais desnivelado desta jornada da Liga Europa.

O tira-teimas (ou, pelo menos, o primeiro assalto do tira-teimas) está agendado já para a próxima jornada, a 26 de Outubro, e novamente em Roma. Um triunfo dos italianos transformará a segunda volta desta fase de grupos num passeio, ainda que haja desconfiança a rodos no ar.

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