Roma vive com José Mourinho o pior arranque na Liga desde 2010

“Giallorossi” perderam copiosamente em Génova e estão a 10 pontos do líder, afundados no 16.º lugar da classificação.

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José Mourinho no banco, em Génova EPA/LUCA ZENNARO
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Está a ser um início de temporada aterrador para a Roma. Nesta quinta-feira, a equipa orientada por José Mourinho cavou ainda mais fundo o buraco do desalento que plantel e adeptos vivem, ao perder por expressivos 4-1 em casa do Génova. Na prática, isto significa que se trata já do pior arranque do clube na era dos três pontos por vitória, juntamente com a época 2010-11.

Seis jornadas disputadas na Série A, apenas uma vitória, dois empates e três derrotas. Tudo somado, este balanço coloca a Roma num improvável 16.º lugar, com cinco pontos, a dois da zona de despromoção e já a 10 de distância do líder, o Inter Milão. Se levarmos em conta que o desaire desta quinta-feira aconteceu diante de um adversário que foi promovido nesta época ao principal escalão, o caso piora substancialmente.

A história do jogo conta-se assim: Rui Patrício foi surpreendido logo aos 5' por um remate de Albert Gudmundsson, Cristante ainda igualou aos 22', mas o Génova repôs a vantagem antes do intervalo, por Mateo Retegui, antes de Thorsby (74) e Junior Messias (81) fecharem as contas, já num segundo tempo em que o aparente domínio da Roma de pouco ou nada valeu.

O "desconforto" entre os adeptos e dirigente da Roma era por demais evidente, no estádio Luigi-Ferraris: Francesco Totti, lenda do futebol romano, presente nos lugares de honra, abandonou o estádio após o quarto golo dos locais. Uma desilusão que, naturalmente, teve em José Mourinho um dos rostos principais.

"Não tenho muito para dizer depois de um jogo como este", lamentou. "A solidez defensiva falhou. As pessoas criticavam os erros de Ibañez com bola, que aconteciam algumas vezes, mas ele dava-nos uma solidez incrível. Smalling é um jogador que nos faz muita falta. Mas esta solidez perdida não é apenas devido aos jogadores que não temos, porque as coisas podem acontecer com trabalho colectivo importante e é verdade que isso desapareceu um pouco. Qualquer remate que eles façam à baliza é golo e não é culpa do Rui Patrício. Todos os jogos são assim e é o momento em que vivemos".

É preciso recuar a 2010 para encontrar um início de temporada tão negativo para os "giallorossi". Na altura, à 6.ª jornada a equipa somava os mesmos cinco pontos e Claudio Ranieri abandonou o comando técnico precisamente depois de uma derrota em Génova, por 4-3, cedendo o lugar a Vincenzo Montella. "Não há tempo para sentirmos pena de nós mesmos, mesmo que estejamos obviamente muito mal por dentro. O próximo jogo é muito importante para nós", concluiu Mourinho.

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