Rafael Reis “sobrevive” de amarelo na Volta a Portugal

Rafael Reis tem, agora, a camisola amarela presa por meros centésimos de segundo, o que significa que o cenário de perda da liderança é ainda mais real para a etapa de sexta-feira.

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Rafael Reis de amarelo na Volta LUSA/NUNO VEIGA
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Os segundos de bonificação para quem vencesse nesta quinta-feira a primeira etapa da Volta a Portugal davam a Rafael Reis, camisola amarela, uma missão dura para manter a liderança – Reis está longe de ser um velocista capaz de vencer uma etapa em final plano. Mas o português sobreviveu.

Num final ao sprint, lutou por um lugar no top 10 – não conseguiu –, mas acabou por beneficiar do parco sucesso de quem mais lhe ameaçava a camisola amarela: o vencedor foi Leangel Liñarez, que ficou com o mesmo tempo de Reis. Daniel Babor, um dos que poderiam “roubar” a amarela, ficou em segundo, posição insuficiente para incomodar o português, que terminou a tirada no 12.º lugar.

Rafael Reis tem, agora, a amarela presa por meros centésimos de segundo, o que significa que o cenário de perda da liderança é ainda mais real para a etapa de sexta-feira.

Tudo isto aconteceu num dia relativamente calmo no pelotão. Os 125 ciclistas que terminaram o prólogo foram os mesmos que iniciaram a primeira etapa, mas apenas 124 vão alinhar na segunda: Daniel Paiva, do Petro de Luanda, abandonou durante a etapa entre Sangalhos e Ourém.

A etapa teve uma fuga desde o primeiro quilómetro, com um quinteto a isolar-se do pelotão – estavam por lá Adrian Zuger, Bart Buijk, João Macedo, Diogo Narciso e Rafael Lourenço.

O grupo acabou por não rolar junto durante muito tempo e ficou apenas um trio a dar luta ao pelotão liderado pela Glassdrive, que nunca permitiu que a vantagem subisse de três minutos.

Os três aventureiros (Macedo, Narciso e Lourenço) foram “caçados” a cerca de 20 quilómetros da meta e a corrida tornou-se mais aberta, com vários ataques enquanto havia pequenas elevações.

César Fonte foi o que mais tentou fazer valer essas pequenas subidas e andou isolado durante alguns quilómetros, mas o interesse do pelotão num final ao sprint era demasiado grande para Fonte ser feliz.

Já com pelotão compacto, ainda houve um par de ciclistas que tentaram estragar um sprint tradicional, mas sem sucesso. Houve mesmo “comboio” da Caja Rural para Daniel Babor, mas Liñarez acabou por ser mais forte nos últimos metros – e venceu com relativa facilidade.

Para esta sexta-feira, entre Abrantes e Vila Franca de Xira, está desenhada uma etapa globalmente plana e com um final também ele “liso”. Haverá, muito provavelmente, um final em pelotão compacto.

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