Laboratório descobriu como salvar pintainhos machos: impedir os ovos de chocarem

Um laboratório em Israel encontrou uma solução para o abate de machos na indústria dos ovos. Através de uma luz azul é possível parar o desenvolvimento desses ovos.

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Reuters/AMIR COHEN
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Os ovos são iluminados com luz azul que activa uma caraterística genética ligada ao sexo que faz com que os embriões machos deixem de se desenvolver Reuters/AMIR COHEN

Todos os anos, os produtores de ovos matam sete mil milhões de pintainhos com um dia de vida porque não servem para a produção de ovos e não são da raça adequada para a produção de carne. Um laboratório de Israel tem a solução: e se os ovos machos não chocarem?

Todos os pintainhos no laboratório de Yuval Cinnamon, no centro de Israel, são fêmeas. A nova tecnologia oferece uma solução para o que consideram ser “o mais devastador problema de bem-estar animal em todo o mundo: o abate de machos com apenas um dia de vida”.

Os pintainhos com um dia de vida são normalmente “macerados, sufocados ou electrificados. Em alguns países, nem sequer se preocupam em matar os machos de forma adequada”, explicou Cinnamon, investigador principal do Instituto Volcani de Israel, que trabalha em prol da segurança alimentar e inspecção sanitária.

Cinnamon explicou que a sua equipa desenvolveu um traço genético associado ao sexo que interrompe o desenvolvimento dos embriões masculinos assim que os ovos são postos.

“Pegamos nesses ovos e activamos o traço genético através de luz azul, que faz com que os machos parem de se desenvolver. As fêmeas não têm esse atributo genético e ficam completamente livres de alterações genéticas, assim como os ovos que põem.” Assim, os ovos machos podem ser usados para outras finalidades como a ração animal.

Yaarit Wainberg, directora da Poultry by Huminn, licenciada para comercializar esta descoberta, quer levar a tecnologia para incubadoras de todo o mundo. “Estamos em negociações avançadas com empresas de genética de galinhas poedeiras e podemos ver nossa solução no mercado dentro de dois anos. Isso resolverá um grande problema para a indústria”, disse.

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