A última lição de Alain Touraine
Encontrei Touraine apenas uma vez, mas foi o seu pensamento que me marcou e segui desde os bancos da faculdade até à sua morte a semana passada.
A História é uma narrativa. E, nesse sentido, é uma disciplina literária. Mas é uma narrativa verdadeira. E, nesse sentido, tem qualquer coisa de científico. A escrita da história é literária, mas a investigação histórica recorre à teoria, ao método e às técnicas das Ciências Sociais. É por isso que, não sendo sociólogo, para fazer História, sempre precisei de estudar alguma coisa de Sociologia. Nos anos de faculdade, li os clássicos: Marx, Durkheim e Weber. Naqueles tempos, Marx era obrigatório. Li, estudei e não professei. Não me fez mal nenhum, pelo contrário. Durkheim também era obrigatório, mas por outra razão: para aprender “as regras do método”. Aprendi e nunca mais me esqueci. Mas, dos três, foi Weber aquele que me marcou, definitivamente.
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