Governo francês quer sanções a jogadores que recusaram camisola arco-íris

Em causa está a falta de adesão a uma campanha contra a homofobia e a favor da igualdade, promovida na Liga francesa.

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Os números das camisolas mudaram de cor, em função da campanha EPA/CHRISTOPHE PETIT TESSON

O Governo francês defendeu nesta segunda-feira que seja imposta uma sanção aos futebolistas da Liga francesa que durante a última jornada recusaram actuar com as cores do arco-íris nas camisolas, referente a uma campanha contra a homofobia e a favor da igualdade.

“O objectivo da campanha era passar uma simples mensagem contra a discriminação, algo essencial num país como a França, que defende e promove os direitos humanos. Por isso, os jogadores que recusaram fazê-lo devem ser sancionados”, afirmou a ministra francesa do Desporto, Amélie Oudéa-Castera, em declarações à televisão France3.

No último fim-de-semana, numa campanha promovida pela Liga francesa, jogadores da Ligue 1 e da Ligue 2, os dois campeonatos profissionais, actuaram com os números das camisolas pintados com as cores do arco-íris.

Contudo, jogadores como Donatien Gomis, central senegalês do Guingamp, e Mostafa Mohamed, avançado egípcio do Nantes, recusaram utilizar essas camisolas e, por essa razão, acabaram por falhar os jogos das respectivas equipas. E o mesmo aconteceu com cinco jogadores do Toulouse, no embate com o Nantes.

“Os clubes têm de educar e trabalhar melhor os seus jogadores, para que eles entendam a importância deste tipo de campanhas”, acrescentou Oudéa-Castera.

Entretanto, o Sindicato Francês dos Jogadores Profissionais de Futebol (UNFP) lembrou que a grande maioria dos jogadores apoiou esta campanha e defendeu que sancionar este tipo de atitude é uma “forma de bullying”. “Se a luta contra a homofobia é uma causa importante, acabar com o bullying no futebol profissional francês também é importante”, sustentou a UNFP.

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