Na Champions de futsal, Sporting e Benfica assumem papel de “tubarões”

Final a quatro arranca esta sexta-feira, em Palma de Maiorca, com o futsal português à procura de um confronto inédito entre os dois emblemas portugueses na final de domingo.

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Sporting e Benfica vão tentar chegar à final da Liga dos Campeões de futsal LUSA/TIAGO PETINGA

Sem os principais “tubarões” do futsal na final a quatro que este domingo (19h) coroará, em Palma de Maiorca, o novo campeão europeu, Sporting e Benfica assumem-se como os novos "papões", encarando as meias-finais desta sexta-feira, respectivamente frente aos belgas do Anderlecht (17h, Canal 11) e aos espanhóis do Palma Futsal (20h, Canal 11), como mais uma oportunidade para agendarem uma inédita final exclusivamente portuguesa.

Com sete títulos nacionais nos últimos nove anos e dois europeus desde 2019, o vice-campeão europeu defronta um Anderlecht com estatuto de imbatível. A favor dos belgas, que se fundiram num projecto com o antigo Halle-Gooik, está o simples facto de terem eliminado o campeão europeu Barcelona na Ronda de Elite.

“Cartão-de-visita” bem eloquente, a reforçar o facto de não ter qualquer derrota doméstica ou europeia, motivo de orgulho para uma equipa experiente, crónica campeã belga (seis títulos nos últimos sete), que integra o antigo guarda-redes do Benfica Cristiano Marques.

Um aviso que os “leões”, interessados em ascender ao pódio dos coleccionadores de títulos, levarão, muito naturalmente, em linha de conta. Autor moral deste trajecto, Luca Cragnaz é o treinador da equipa belga. O antigo guarda-redes aspira, de resto, a tornar-se no primeiro a conquistar o troféu enquanto jogador e treinador, depois de ter vencido em 2005 ao serviço do Action 21 Charleroi.

Agora, 18 anos volvidos, compete ao Sporting - recordista de participações nesta fase, com dez presenças - fazer desmoronar o sonho belga e esperar que o rival Benfica cumpra a sua parte para colocar Portugal no topo do pódio europeu.

Ao Benfica, campeão em 2009/10 (em Lisboa, à custa do poderoso Inter Movistar), está reservado um desafio diferente, mas não menos exigente. Depois da eliminação no prolongamento, por 5-4, aos pés do Barcelona, na edição passada, em Riga, as “águias” precisam suplantar a equipa da casa para fazer melhor do que o terceiro lugar de 2022.

O Palma Futsal, originário de Manacor (segundo município em termos de importância de Maiorca, mundialmente conhecido como terra de Rafael Nadal), quer transformar o estigma de ser um clube sem títulos na força motriz de um feito histórico, que seria estrear-se como campeão europeu.

Para tanto, conta com o apoio incondicional dos maiorquinos, factor ainda mais relevante numa modalidade de pavilhão e que o Benfica terá de saber gerir para impor o seu jogo e experiência, com duas finais em sete participações, para depois tentar o segundo troféu europeu.

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