Benfica dá mais um passo seguro rumo ao título

Com Gonçalo Ramos e João Mário a serem novamente decisivos, com uma eficácia tremenda na finalização, os “encarnados” golearam o Vitória SC, na jornada 25.

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Gonçalo Ramos e João Mário voltaram a marcar EPA/ANTONIO COTRIM

Com os goleadores de serviço habituais (Gonçalo Ramos e João Mário) a reforçarem as suas posições na lista de melhores marcadores do campeonato, o Benfica deu neste sábado, no Estádio da Luz, mais um passo seguro rumo à conquista do título nacional. Numa partida em que não tiveram grande oposição do V. Guimarães, os “encarnados” chegaram ao intervalo a ganhar por 3-0 (Gonçalo Ramos, aos 13’; João Mário, aos 28’ e 36’), e, na segunda parte, cimentaram a goleada após Dani Silva (na própria baliza) e António Silva marcarem – André Silva reduziu perto do fim. Com o triunfo, por 5-1, o Benfica tem agora mais 11 pontos do que o FC Porto e 13 de vantagem sobre o Sp. Braga, equipas que neste domingo estarão em confronto no Minho.

O V. Guimarães até tem no currículo da época 2022/23 a proeza de ter sido uma das três equipas que já conseguiram travar o Benfica na I Liga, mas, no segundo duelo entre benfiquistas e vitorianos, a supremacia dos lisboetas foi clamorosa.

Mantendo-se fiel ao guião que tem apresentado desde que chegou ao Estádio da Luz, Roger Schmidt não surpreendeu nas escolhas que fez para a equipa titular benfiquista. Privado de Fredrik Aursnes – o norueguês cumpriu um jogo de castigo - o treinador alemão fez regressar Rafa ao “onze”, mantendo David Neres num dos flancos.

Do outro lado, Moreno não tinha dois habituais titulares – Bruno Varela e Ibrahima Bamba estão lesionados. Sem o jovem defesa italiano, o técnico minhoto apostou numa linha de quatro defesas, reforçando o meio-campo com a entrada de André André. A aposta não teve qualquer sucesso.

Sem que o V. Guimarães conseguisse sequer ameaçar a baliza de Vlachodimos, o Benfica esteve sempre confortável na partida. Quase sempre em resultado de excelentes combinações, as “águias” começaram rapidamente a rondar a baliza defendida pelo ex-benfiquista Celton Biai. E, aos 13’, ninguém ficou surpreendido com o primeiro golo: Neres cruzou, Rafa desviou de forma subtil e Gonçalo Ramos inaugurou de cabeça o marcador.

Com a bola a rolar quase sempre em pés “encarnados”, os vimaranenses mostravam-se incapazes de reagir e, ainda antes da meia hora, Rafa foi derrubado na área quando estava isolado. Considerando que André Amaro tentou jogar a bola, o árbitro mostrou apenas cartão amarelo e João Mário aproveitou para recuperar a fiabilidade na transformação de grandes penalidades.

Mudança no rumo da partida? Nem um centímetro. Aos 34’, Otamendi falhou por pouco o 3-0 (bola no poste). Dois minutos depois, na melhor jogada do encontro, o terceiro do Benfica chegou mesmo: após um contra-ataque de qualidade, Ramos ofereceu o bis a João Mário.

Sem que nenhum treinador mexesse na equipa ao intervalo, o início da segunda parte continuou a mostrar um V. Guimarães débil. O Benfica, no entanto, já tinha reduzido uma mudança. Com isso, o jogo perdeu algum interesse.

As oportunidades continuavam, todavia, a serem um exclusivo “encarnado” e, numa fase em que tudo lhe parece sair bem, João Mário voltou a ser decisivo: o médio tentou assistir um companheiro, mas Dani Silva marcou na própria baliza.

Só aí, Schmidt começou a pensar na gestão da equipa – saíram Otamendi, Florentino e Gonçalo Ramos –, permitindo que o V. Guimarães se mostrasse finalmente no ataque e reduzisse aos 79’, com um bom golo de André Silva. Porém, em cima do minuto 90, António Silva fez o terceiro golo no campeonato, fechando a goleada num robusto 5-1.

Conquistada com brilhantismo a 22.ª vitória em 25 jornadas, o Benfica fica agora comodamente a aguardar o que fará neste domingo a concorrência mais próxima, podendo, em caso de empate em Braga, dilatar ainda mais a vantagem em relação a portistas e bracarenses.

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