Vistos de trabalho dobram em quatro anos

Segundo o DN, em 2021 foram validadas 35 886 autorizações de residência temporária para trabalho, o dobro de 2018.

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Nelson Garrido

O reagrupamento familiar continua a liderar os pedidos de autorização de residência temporária, mas multiplicaram-se os motivados pelo trabalho, avançou o Diário de Notícias, citando dados fornecidos pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

Analisando uma década (2012 e 2021), o SEF concedeu 705 mil autorizações de residência a cidadãos estrangeiros. Nestes dez anos, apenas 20% têm por motivo o exercício de actividade profissional. Uma mudança de tendência formou-se nos últimos quatro.

Os dados e 2022 ainda não estão disponíveis. Todavia, segundo o DN, em 2021 foram validadas 35 886 autorizações de residência temporária para trabalho, o que representa o dobro de 2018.

Desde 2018, multiplicam-se os pedidos de autorização de residência com o objectivo de trabalhar em Portugal. Começando no início desse ano e indo até ao final de 2021, somam-se quase 115 mil. Esse número representa mais de 80% dos processos dessa natureza entrados entre 2012 e 2021.

Recorde-se que a autorização temporária de residência é atribuída por um período de dois anos, renovável. Só ao fim de cinco anos é possível solicitar autorização permanente para viver em território nacional.

Entre 2012 e 2022, o SEF concedeu 818 067 autorizações de residência, entre permanentes e temporárias. A crescer de ano para ano, o volume está, desde 2019, acima da casa dos 100 mil. Os brasileiros lideraram (257 414). Seguem-se os italianos (40 496 autorizações), os britânicos (39 483) e os franceses (35 587). Dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, destacam-se os cabo-verdianos (33 382), os angolanos (29 799) e os guineenses (17819).

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