Chermiti mantém o Sporting no ritmo dos primeiros

Jovem avançado açoriano, que tem colmatado a ausência de Paulinho, fez o único golo de um jogo com muito poucas ocasiões, antes do clássico com o FC Porto.

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Chermiti na disputa de um lance com Samaris EPA/ESTELA SILVA

Youssef Chermiti ainda não tinha qualquer minuto de futebol nas pernas quando Rúben Amorim lhe deu os últimos 12 de um derby na Luz, frente ao Benfica, que estava empatado. Nos últimos minutos, o jovem de 18 anos teve a sua oportunidade, mas o remate saiu por cima. Depois disso, voltou a ter minutos de suplente em mais dois jogos e continuou sem marcar. Seguiram-se 90 como titular há uma semana e fez uma assistência. Voltou a ter 90 minutos nesta segunda-feira, em Vila do Conde, e marcou o golo que valeu ao Sporting o triunfo, por 0-1, sobre o Rio Ave no jogo que fechou a 19.ª jornada da I Liga.

Num encontro que estava muito difícil para os “leões”, foi o jovem avançado nascido nos Açores a fazer a diferença, garantindo que o Sporting não perde pontos para os três primeiros nesta jornada, algo importante tendo em conta que, na próxima ronda, recebe o FC Porto.

Depois de uma grande exibição (e com resultado a condizer), não havia motivos para Rúben Amorim mudar o que quer que fosse — apenas a introdução de Matheus Reis no lugar do castigado Coates, mantendo o jovem Chermiti no “onze”. Já Luís Freire tinha guardada uma grande surpresa entre as suas escolhas, a ausência do goleador Aziz — o ganês nem no banco estava, servindo Leonardo Ruiz como principal referência ofensiva.

Os “leões” poderiam sentir-se moralizados depois da goleada ao então vice-líder Sp. Braga, mas o Rio Ave, diga-se, foi desde o início um osso muito duro de roer. E isso conduziu a uma primeira parte praticamente sem balizas. Apenas um remate digno desse nome, um tiro de Morita, aos 23’, que passou perto de um dos postes da baliza de Jhonatan.

De resto, equilíbrio total em Vila do Conde. Dos dois lados, as duas equipas sabiam o que fazer para não deixar que a sua baliza corresse perigo. Mas não sabiam como criá-lo.

Seguimos para a segunda parte e para mais do mesmo até aos 53’, altura em que St. Juste perdeu um duelo nas alturas com Boateng e o internacional ganês avançou para área, ganhou no primeiro duelo com Inácio, mas não com Adán. No seu primeiro remate enquadrado, o Rio Ave tinha a melhor oportunidade para marcar, mas valeu ao Sporting o bom posicionamento do seu experiente guarda-redes.

Amorim não esperou muito mais para mudar. Tirou dois elementos em subrendimento (Nuno Santos e Edwards), lançou Arthur e Trincão, mantendo a confiança em Chermiti, sempre disposto a servir como pivot no ataque. Os “leões” não melhoraram muito, mas, pelo menos, foram tendo mais presença junto da área contrária. E aos 65’, essa pressão quase deu frutos, num tremendo remate de Pedro Gonçalves de fora da área que acertou na trave.

Os minutos foram passando e já parecia pouco provável que o marcador funcionasse, mas, aos 84’, foi um sonho de menino concretizado. Chermiti, de 18 anos, recebeu na área e acertou no lado certo da baliza. Amorim disse que não precisava de mais avançados se ele renovasse - não foi anunciado, mas parece estar encaminhado. Sabia o que tinha em mãos.

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