Cristiano Ronaldo garante um “contrato único” para um “jogador único”

Apresentado no Al-Nassr, o internacional português diz que rejeitou propostas de clubes europeus - incluindo portugueses -, brasileiros, norte-americanos e australianos.

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Aos 37 anos, Cristiano Ronaldo ruma ao futebol da Arábia Saudita, assinando pelo Al-Nassr Reuters/AHMED YOSRI
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Aos 37 anos, Cristiano Ronaldo ruma ao futebol da Arábia Saudita, assinando pelo Al-Nassr EPA/STR
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Aos 37 anos, Cristiano Ronaldo ruma ao futebol da Arábia Saudita, assinando pelo Al-Nassr Reuters/AHMED YOSRI
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Aos 37 anos, Cristiano Ronaldo ruma ao futebol da Arábia Saudita, assinando pelo Al-Nassr EPA/STR
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Aos 37 anos, Cristiano Ronaldo ruma ao futebol da Arábia Saudita, assinando pelo Al-Nassr EPA/AL-NASSR

Sem estar “preocupado com o que dizem”, Cristiano Ronaldo foi nesta terça-feira apresentado no Al-Nassr, o quinto clube da sua carreira profissional, após declinar "muitas oportunidades na Europa", onde o seu "trabalho está feito”, ​e ofertas de equipas "no Brasil, na Austrália, Estados Unidos, até em Portugal". A mudança para o pouco mediático campeonato da Arábia Saudita “não é o fim de carreira”, mas antes uma “boa oportunidade” para fazer um “contrato único”: “Eu sou um jogador único, por isso é normal."

Menos de dois meses depois de confirmar, numa entrevista ao jornalista Piers Morgan, que tinha rejeitado uma proposta de 350 milhões de euros para jogar durante dois anos na Arábia Saudita por sentir ainda ter capacidade para competir “ao mais alto nível”, “jogar na Liga dos Campeões” e “marcar muitos, muitos golos” – “Se fosse uma questão de dinheiro, terias ido para a Arábia Saudita. Mas não é isso que te motiva”, comentou Morgan -, Cristiano Ronaldo foi apresentado no Al-Nassr, clube de Riade que, até à chegada do português, tinha o ex-portista Vincent Aboubakar e o ex-benfiquista Talisca como principais figuras.

Vestido de fato cinzento e com gravata azul-clara, Ronaldo, antes de subir ao relvado do Mrsool Park, estádio onde foi aplaudido por cerca de 30 mil pessoas, respondeu numa conferência de imprensa a meia dúzia de perguntas, declarando sentir-se “orgulhoso por ter tomado esta decisão grande na vida” e “feliz por ter esta oportunidade” onde pretende ajudar “a desenvolver o futebol e as próximas gerações” na Arábia Saudita. "Vim para ganhar, para jogar, desfrutar, ser parte do sucesso e da cultura do país.”

O avançado diz saber que a liga saudita “é competitiva” e, se “o treinador quiser”, está “pronto" para começar já a jogar – o Al-Nassr defronta na quinta-feira o Al-Tai -, uma vez que este “não é o fim de carreira”, assegurou. “Sou um jogador único, bati todos os recordes, é uma boa oportunidade. Este contrato é único mas eu sou um jogador único, por isso é normal.”

A mudança do principal campeonato do mundo (Premier League) para uma liga quase sem expressão foi, segundo Ronaldo, uma opção, uma vez que o internacional português teve "muitas oportunidades na Europa", onde, refere, o seu "trabalho está feito”,​ e ofertas de clubes "no Brasil, na Austrália, Estados Unidos, até em Portugal".

"Vários clubes tentaram, mas dei a palavra ao clube [Al-Nassr], não só para desenvolver o clube e o país. Sei o que quero e o que não quero. É uma boa oportunidade para ajudar a melhorar tantas coisas."

Num país onde, segundo um relatório de 2022 do Conselho dos Direitos Humanos na Organização das Nações Unidas (ONU), “os abusos dos direitos humanos estão descontrolados e incluem torturas, detenções arbitrárias e execuções”, as “mulheres são particularmente vulneráveis a abusos”, o “tráfico de pessoas não é combatido”, “a comunidade LBGTQ+ não é reconhecida nem defendida”, “não existem sindicatos nem direitos laborais” e “não há liberdade de expressão nem de imprensa” - há pena de prisão para quem criticar o regime -, Cristiano Ronaldo teve o cuidado de referir que esta “é uma boa oportunidade para ajudar a melhorar tantas coisas, até do ponto de vista das mulheres. Muitas pessoas não sabem, mas o Al Nassr tem uma equipa feminina”.

Embora não tenham sido revelados os números oficiais, Cristiano Ronaldo deverá receber no Al-Nassr 200 milhões de euros por época até 2025 entre salário, direitos de imagem e acordos comerciais. Segundo o jornal Marca, a transferência para a Arábia Saudita foi intermediada por Ricardo Regufe, o personal manager do jogador que esteve sempre próximo de Ronaldo na cerimónia, que irá receber 30 milhões de euros de comissão.

O Al-Nassr será o quinto clube da carreira de Cristiano Ronaldo. Orientado pelo técnico francês Rudi Garcia, a formação saudita ocupa o primeiro lugar do seu campeonato, após 11 jornadas, com 26 pontos, mais um do que o Al Shabab, que tem menos um jogo. Presente na conferência de imprensa, Garcia referiu que para a equipa de Riade e para a Arábia Saudita “é fantástico ter Cristiano”, que "será um dos mais fáceis [de treinar], porque não há muito para ensinar".

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