Costa Rica surpreende Japão com golo ao cair do pano

Num jogo que não merecia ter golos, a Costa Rica “foi à frente uma vez e marcou”, no único remate que fez à baliza em todo o encontro.

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A festa de Keysher Fuller, após ter marcado o golo da Costa Rica Reuters/MARKO DJURICA

A Costa Rica é um país particular por não ter um exército oficial (apenas uma força de segurança pública), mas, durante 80 minutos, essa opção do país transpareceu para a sua equipa de futebol e para o seu adversário, o Japão, que protagonizaram um jogo, durante a maior parte do tempo, inofensivo para as duas balizas.

Com o início da partida a contar para o Grupo E do Mundial, a Costa Rica resguardou-se no seu meio campo. Alinhando num 5x4x1, os médios estavam muito próximos dos defesas e na saída para o ataque, Joel Campbell, a jogar a partir da esquerda, era a única opção viável.

O Japão contava com um bom apoio nas bancadas e entrou pressionante na partida; actuava em 4x2x3x1, com os laterais subidos e uma aposta clara no jogo entrelinhas, mas que trouxe poucos resultados. Para além da falta de criatividade, o Japão jogava a um ritmo baixo, o que facilitava a tarefa defensiva da Costa Rica.

Um primeiro tempo, com ambas as equipas apáticas, contrastou com o início da segunda parte, com o Japão a entrar com muita intensidade. O sportinguista Morita soltou-se mais no meio-campo e ajudou a criar duas boas jogadas nos primeiros minutos.

No entanto, esta entrada forte foi só “fogo de vista”, e o jogo voltou à inércia que marcara a primeira parte.

A equipa nipónica tinha mais vontade de chegar ao golo, mas, para além da competente defesa costa-riquenha, por mais de uma vez apresentou deficiências técnicas que prejudicaram a conclusão de jogadas potencialmente perigosas.

Até que aos 81 minutos, após uma perda de bola infantil, o Japão viu Keysher Fuller rematar para o fundo das redes, para o delírio dos jogadores e adeptos costa-riquenhos.

Os nipónicos ainda criaram uma jogada de perigo pouco depois, após o brilhantismo individual de Mitoma, que resultou numa série de ressaltos na área, mas terminou com a bola nas mãos de Keylor Navas.

Texto editado por Jorge Miguel Matias

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