Principais players do sector da energia debatem os desafios actuais e futuros

A Portugal Energy Conference sobe ao palco do CCB, na Sala Almada Negreiros, a 29 de Novembro, naquele que será o regresso do evento anual da Associação Portuguesa de Energia depois da pandemia.

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A Associação Portuguesa de Energia (APE) é uma organização privada, de utilidade pública e sem fins lucrativos que representa, desde 1998, as empresas do sector energético nacional e tem associados de diversas áreas. Enquanto instituição representante de Portugal no World Energy Council (WE Council) – a principal rede mundial de líderes e profissionais do sector energético – a APE tem também a missão de promover a inovação do sector, desenvolvendo eventos que promovam a partilha de conhecimento e a reflexão nos vários níveis da cadeia de valor e o contributo das empresas da área para a economia, a sociedade e a qualidade de vida em Portugal.

Enquadrado na missão de gerar impacto positivo no sector, a APE organiza em parceria com o Público, a Portugal Energy Conference, a decorrer na Sala Almada Negreiros, no CCB, no próximo dia 29 de Novembro. O evento marca o regresso da APE ao seu grande evento anual após a pandemia e, como é seu apanágio, irá agregar os principais players de todas as áreas do sector.

A conferência divide-se em três painéis principais. O primeiro deles, dedicado à vertente social e sustentabilidade no sector energético, centrar-se-á no debate sobre a descarbonização, a protecção da biodiversidade, a eficiência, a relação com os clientes e a própria política de pessoal, além de políticas de gestão. Desde a concepção e o procurement e em toda a cadeia de valor, até ao fim de vida dos produtos e equipamentos, há que promover a sustentabilidade e implementar a economia circular.

Após uma introdução ao painel “Sustentabilidade no Sector Energético” da responsabilidade de Wytse Kaastra, sustainability services Europe lead da Accenture, seguir-se-á uma mesa-redonda moderada por Nuno Moreira da Cruz, director executivo do Center for Responsible Business & Leadership na Católica University que contará com a participação de Miguel Setas, administrador da EDP, Sílvia Barata, CEO da BP Portugal e Gabriel Sousa, CEO da Floene.

A sessão II será dedicada ao tema da “Inovação tecnológica e descarbonização” e contará com a introdução de Teresa Ponce Leão, presidente do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG), seguindo-se uma mesa-redonda moderada por Ana Quelhas, managing director for Hydrogen EDP e com os oradores Nuno Silva, administrador da Efacec, Pedro Pires Miranda, CEO da Siemens Portugal, Nuno Santos, administrador da Navigator e Luís Delgado, administrador da Bondalti. A inovação tecnológica é determinante para a disponibilização atempada de soluções viáveis para alcançar a neutralidade carbónica. A electrificação com baterias do transporte ligeiro tem feito o seu caminho, mas outros processos têm de ser desenvolvidos, em particular no transporte pesado, marinha e aviação; e, na indústria, os processos de alta temperatura não se adaptam facilmente à electrificação.

Neste painel em particular, haverá espaço para abordar o papel dos gases renováveis e seus derivados, dos sistemas de armazenamento, dos biocombustíveis e e-combustíveis, da captura e utilização de CO2, não esquecendo o potencial que a inovação tecnológica oferece à economia circular, à eficiência energética e à mudança de processos de fabrico.

Condicionantes e oportunidades de negócio

Da parte da tarde, o painel III será dedicado aos “Desafios estratégicos das empresas energéticas”, iniciando-se com uma introdução por um representante da Comissão Europeia. O combate às alterações climáticas obriga a reequacionar prioridades e estratégias, portefólios, investimentos e, mesmo, diversificação dos objectivos de negócio, incluindo a criação de novos produtos.

Aos desafios desta transição acrescem os efeitos da invasão da Ucrânia, a que a Comissão Europeia responde com o REPowerEU e outras medidas, nomeadamente reformulação dos mecanismos de mercado e iniciativas do foro comercial. Em simultâneo com os desafios que se colocam às administrações das empresas energéticas, há que gerir a revolução ao nível das tecnologias de comunicação e de informação, bem como da crescente regulação e escrutínio social. Estes condicionamentos criam também oportunidades de negócio a quem conseguir dar a resposta adequada.

Para debater estes temas, está prevista uma mesa-redonda moderada por Ana Sousa, secretária-geral do Future Energy Leaders Portugal (FELPT) e que contará com Miguel Stilwell Andrade, CEO da EDP, Andy Brown, CEO da Galp, Rodrigo Costa, chairman e CEO da Ren e João Bernardo, director geral da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

Com início às 9h30, a sessão de abertura conta com a intervenção de João Galamba, secretário de Estado do Ambiente e da Energia e João Torres, presidente da APE. A sessão de encerramento acontecerá às 16h15 e será assegurada pelo Presidente da Associação Portuguesa da Energia.

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