Fiel a si próprio, Novak Djokovic domina as ATP Finals

O sérvio fecha uma época atípica com o sexto título no Masters masculino.

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EPA/ALESSANDRO DI MARCO

Novak Djokovic terminou em beleza uma época que não tinha desejado. O tenista sérvio não pôde competir em dois torneios do Grand Slam (Open da Austrália e US Open) e nalguns Masters 1000 que pontuam obrigatoriamente para o ranking, por recusar ser vacinado contra a covid-19. Mas acabou com triunfos em cinco dos seis derradeiros torneios que disputou, incluindo Wimbledon e as ATP Finals, em cuja final derrotou Casper Ruud. Foi a 11.ª vitória (em 14 duelos) de Djokovic frente a adversários do top 10 em 2022 – o melhor registo de qualquer dos elementos que integram a lista dos dez melhores. E por ter passado a semana em Turim sem conhecer a derrota, recebeu o maior cheque na história do ténis profissional: 4,5 milhões de euros.

Djokovic chegou às ATP Finals no oitavo lugar do ranking e com muita competição em poucas semanas. E em Turim não poupou energias em nenhum encontro, pelo que não se estranhou alguns sinais de desgaste de Djokovic no início da final. Contudo foi Ruud (4.º) a estar sob maior ameaça de ceder o break, que se concretizou, a 6-5, quando o sérvio pressionou a esquerda do norueguês e ganhou os dois últimos pontos do set com autoridade.

Ruud acusou o momento e, no segundo set, teve mais dificuldade em servir a um nível alto. A primeira consequência foi a cedência de novo break, que permitiu a Djokovic adiantar-se para 4-1, vantagem que manteve até fechar, com os parciais de 7-5, 6-3.

“Geralmente este tipo de encontros resolvem-se em pequenos detalhes. Um break foi suficiente em cada set. Fi-lo correr, fi-lo jogar, procurei ser agressivo e correu muito bem”, resumiu Djokovic, após igualar o recorde de seis títulos de Roger Federer.

Aos 35 anos, o sérvio é o mais velho campeão da prova e o intervalo de 14 anos entre o primeiro e este triunfo é o maior na história das ATP Finals – o anterior registo era de oito anos, detido por Pete Sampras e Roger Federer.

Djokovic vai encerrar o ano no quinto lugar do ranking mundial, o qual já liderou por 373 semanas. Ruud sobre ao terceiro posto, após a sua melhor época de sempre, embora sem grandes títulos, mas com a presença em três finais prestigiantes: Roland Garros, US Open e ATP Finals.

A final do Masters masculino, que teve a primeira edição em 1970, ficou igualmente marcada por ter sido dirigida pela primeira vez por uma árbitra: Aurélie Tourte.

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