Navio-patrulha Viana do Castelo nos exercícios da NATO no Mediterrâneo

Concebido para tarefas de fiscalização, o navio não combatente zarpa no próximo sábado de Portugal para os exercícios comandados pelo almirante Scott Sciretta, dos Estados Unidos.

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A reunião, no Palácio de Belém, do Conselho Superior de Defesa Nacional LUSA/TIAGO PETINGA

O navio-patrulha Viana do Castelo vai participar até Dezembro nos exercícios militares da NATO no Mediterrâneo no âmbito de uma acção de reforço da presença e dissuasão da Aliança Atlântica na zona. O navio zarpa no próximo sábado de Portugal.

Foi através da nota informativa da Presidência da República da passada terça-feira, na sequência de uma reunião ordinária do Conselho Superior de Defesa Nacional (CSDN), que esta missão teve a chancela das autoridades portuguesas. O exercício da NATO denominado Noble Shield desenvolve-se no Mediterrâneo Central e Ocidental.

Esta acção é levada a cabo pelo Grupo 2 Marítimo da NATO (SNMG-2, na sigla em inglês) comandado pelo almirante Scott Sciretta, dos Estados Unidos, tendo a contribuição das Forças Armadas portuguesas sido atribuída ao navio Viana do Castelo.

Com uma guarnição de 42 militares e velocidade máxima de 21 nós, o barco construído nos estaleiros navais de Viana do Castelo foi concebido como navio não combatente e tem como funções prioritárias a realização de tarefas de fiscalização da jurisdição ou responsabilidade nacional. O navio dispõe de uma peça de artilharia Oto Melara de 30 milímetros, de um sensor eléctrico e de radares de navegação KH Manta 2000.

Na reunião do CSDN, segundo o comunicado publicado no sítio da Presidência da República, esta nova missão foi aprovada por unanimidade. Além desta decisão, o órgão de consulta do Presidente da República acordou o reajustamento das Forças Nacionais Destacadas para 2022 aprovada em 26 de Novembro de 2021, que, na prática, já tinha sido implantado no terreno mas cujos reajustamentos careciam de aprovação do Conselho.

Na reunião que decorreu sob a presidência do chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, foi também abordado o apoio de Portugal à Ucrânia. Neste encontro ordinário do CSDN não estiveram presentes o primeiro-ministro, António Costa, nem o ministro das Finanças, Fernando Medina, que se fizeram representar pelos secretários de Estado do Ambiente e Acção Climática e pelo ministro das Infra-Estruturas e da Habitação.

Também não estiveram presentes os presidentes dos governos das regiões autónomas dos Açores e da Madeira, nem o deputado do PS Francisco César, eleito representante do Parlamento neste órgão.

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