Em Famalicão, há uma casa com história que se abre e esconde do exterior

A Casa em Brufe recorre ao betão, ao vidro e à madeira para se abrir ao exterior e prolongar na paisagem.

Ivo Tavares
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Ivo Tavares

Em Brufe, Vila Nova de Famalicão, há uma casa onde o betão, a madeira e o vidro se fundem num “jogo de volumes” e dão origem a uma habitação que se prolonga com a paisagem. “Nós tínhamos que desenhar uma casa pátio ou, como gosto mais de chamar, uma casa com pátio”, começa por explicar ao P3 o arquitecto Avelino Oliveira. “Uma casa que fosse essencialmente térrea, que se relacionasse com o terreno, que não subisse e se encaixasse no território”, completa.

No fundo, é como se a habitação se transformasse em duas – e cada uma com uma funcionalidade diferente. A parte mais alta, que combina a cozinha e a sala, é a zona pública, enquanto a mais baixa com a área dos quatro quartos, escritório e garagem representa a zona mais privada. O pátio, “peça fundamental” do projecto, é o elemento de ligação entre as duas zonas.

A par disto, toda a casa foi construída para se abrir e fechar ao exterior. Um misto de convívio com o meio envolvente e privacidade. As janelas, que surgem ao descoberto ou escondidas, recebem diferentes tipos de luz consoante o momento do dia, mas é na sala, que se abre para o pátio que “a casa se transforma”, explica. 

"Gosto muito do controlo da luz. Em todos os edifícios que desenho, aprecio muito a qualidade da luz interior e exterior e a facilidade com que a casa se relaciona com o exterior. É uma coisa que acho que funciona bem aqui", revela.

A Casa em Brufe começou a ser construída em 2019 e foi concluída no final de 2021. O fotógrafo Ivo Tavares captou-lhe as proporções e linhas contemporâneas. “Todas as casas têm uma história. Esta é a de um casal que teve uma filha tardiamente e a casa é a concretização da família e da felicidade deles", conta Avelino Oliveira.