Pai e criança, ambos com camisola do FC Porto, obrigados a sair do lugar após insultos de adeptos do Estoril. Governo promete agir

Vídeo mostra um homem e uma criança pequena ao colo, ambos com camisolas do FC Porto vestidas, a serem insultados por adeptos do Estoril, situação que obrigou o referido adepto portista a afastar-se do lugar em que se encontrava sentado na bancada.

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Jogo entre o Estoril Praia e o FC Porto, no Estádio António Coimbra da Mota JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

O secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia, e o presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, repudiaram, neste domingo, o incidente ocorrido com dois adeptos do FC Porto durante o jogo Estoril-FC Porto, disputado no sábado.

Num vídeo colocado nas redes sociais e em vários meios de comunicação social vê-se um homem, com uma criança pequena ao colo, ambos com camisolas do FC Porto vestidas, a serem insultados e, alegadamente, alvos de cuspidelas de adeptos do Estoril, o que obrigou o referido adepto portista a deixar o lugar em que se encontrava sentado na bancada.

“Esta criança e o pai foram vítimas de intolerância inaceitável por parte de um grupo de adeptos da equipa adversária. Este tipo de incidentes não pode ter lugar nos nossos estádios. Como também não podemos aceitar as tentativas de normalização da intolerância no desporto”, reagiu João Paulo Correia, através da rede social Twitter.

De resto, o secretário de Estado da Juventude e do Desporto assegurou medidas contra os infractores: “A Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto agirá contra o comportamento dos adeptos em causa.”

Também o presidente da LPFP pediu uma “reflexão conjunta”, frisando que “ninguém” pode ficar ausente desta discussão.

“O choro de uma criança, apavorada, agarrada aos braços do seu pai, num estádio de futebol, deveria ser suficiente para nos fazer... PARAR!!!”, escreveu Pedro Proença, na rede social Facebook.

O dirigente da LPFP fez questão de “repudiar, de forma firme e convicta, todos os actos que configurem atentados a todos quantos constroem o espectáculo que deve ser o futebol”. “A mudança começa em cada um de nós, na reflexão sobre o que é o desporto e a cidadania”, acrescentou.

Há uma semana, uma criança foi obrigada a despir uma camisola do Benfica no estádio do Famalicão, por se encontrar, juntamente com o pai, numa bancada com maioria de adeptos locais.

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