Sporting goleia Rio Ave e ganha balanço para o Dragão

Pedro Gonçalves abriu e fechou as contas de uma noite em que o ataque funcionou mesmo sem Paulinho e a defesa nem sequer foi posta à prova.

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"Leão" Ugarte em acção frente ao Rio Ave Reuters/RODRIGO ANTUNES

O Sporting venceu este sábado, por 3-0, na recepção ao Rio Ave, superando o empate de estreia em Braga antes do clássico com o FC Porto no Dragão. Os vila-condenses optaram por um dispositivo defensivo que resistiu 36 minutos, até Pedro Gonçalves dizer que estava pronto para o papel de goleador de serviço.

Sem Paulinho no ataque, Rúben Amorim promoveu Marcus Edwards a referência de área, dando maior mobilidade a Trincão e Pedro Gonçalves, tridente a que o técnico do Rio Ave vestiu um colete-de-forças, tecido com uma linha de cinco defesas, reforçado por um segundo bloco de quatro médios, depositando todas as expectativas na velocidade de Aziz.

Sem espaços, os “leões” precisaram de 20 minutos para comprometer a barreira vila-condense, disparando quatro avisos de rajada. Ugarte deu o exemplo, num remate de meia distância sem problemas para Jhonatan Luiz. E na primeira vez em que Edwards saiu da área e acelerou no corredor direito, o Sporting esteve verdadeiramente perto do golo. Pedro Porro imitou o inglês, mas foi Trincão, no minuto seguinte, quem fez estremecer a barra da baliza.

O Rio Ave dava sinais de quebra e, à segunda, depois de um falhanço apenas com o guarda-redes pela frente, Pedro Gonçalves colocou o Sporting em vantagem. Edwards renascia na ala direita e assistia o transmontano para o primeiro golo. De um golpe, os vice-campeões furavam o bloqueio e construíam a base de uma vitória indispensável para enfrentar a viagem ao Dragão, depois do empate de Braga.

Demasiado preocupado em suster as investidas do Sporting, o Rio Ave passava a estar obrigado a fazer algo para evitar desfecho idêntico ao da primeira ronda. Tarefa que exigia uma revolução de mentalidade, configurando um risco acrescido face à inevitável concessão de espaços de que os “leões” tanto necessitavam para fluir melhor o futebol de ataque.

Apesar de tudo, a diferença mínima abria uma janela de oportunidade mesmo para quem não tinha sequer revelado coragem de olhar para a baliza contrária para testar a pontaria, concluindo a primeira parte sem importunar Antonio Adán.

Naturalmente, ao Rio Ave não bastava querer trocar o chip. Era preciso contrariar a dinâmica sportinguista, que manteve domínio inquestionável na segunda metade. Tanto, que Pedro Gonçalves esteve muito perto de bisar e libertar em definitivo quaisquer resquícios de ansiedade.

Aliás, com o decorrer do tempo acentuava-se o domínio sportinguista, tanto na posse de bola como nas finalizações, com Aziz a dar um ar da sua graça e a assinar o primeiro remate tímido à baliza de Adán.

Momento que serviu, essencialmente, para espicaçar o Sporting, o suficiente para que Matheus Nunes sentenciasse a partida com um míssil que deitou por terra qualquer tentativa de reacção adversária.

Simplesmente porque nem sequer teve tempo para esboçar qualquer ataque antes de o Sporting desenhar novo lance do seu jogo associativo, com Trincão a combinar com Pedro Gonçalves para o terceiro golo da noite. Pedro Gonçalves poderia ter chegado ao hat-trick instantes depois, mas o remate saiu à barra, negando uma noite irrepreensível do atacante.

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