João Matias vence segunda etapa da Volta a Portugal

O ciclista de 31 anos, que já conquistou medalhas para Portugal na vertente da pista, foi o mais forte na chegada ao sprint em Castelo Branco.

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Chegada ao sprint na etapa 2 da Volta LUSA/PEDRO SARMENTO COSTA

João Matias (Mortágua) venceu neste sábado a segunda etapa da Volta a Portugal – segunda no nome, porque em rigor já é o terceiro dia competitivo, contando com o prólogo inaugural em Lisboa.

O ciclista de 31 anos, que já conquistou medalhas para Portugal na vertente da pista, foi o mais forte na chegada ao sprint em Castelo Branco, numa etapa que passou por território espanhol, com a partida em Badajoz.

E falou com emoção de tudo o que viveu em Castelo Branco. “Lutei tanto para estar aqui e vencer uma etapa da Volta. Esta vitória é para toda a equipa e especialmente para a minha esposa e o meu filho, que nasce em Setembro (...) havia sempre alguma coisa que me acontecia, mas hoje foi tudo perfeito. O Gustavo Veloso [director-desportivo] dizia que me iria calhar uma fatia do bolo e seria uma fatia grande – e aqui está ela”.

No que diz respeito à etapa, descontando duas quedas – com alguns abandonos por debilidades físicas –, esta tirada teve globalmente poucos motivos de interesse no plano desportivo, com uma fuga a marcar o dia, apesar de ter parecido sempre controlada pelo pelotão.

A Glassdrive deixou os fugitivos terem cinco minutos de vantagem na frente, mas rapidamente reduziu a diferença para a faixa dos dois, mantendo-a nesse limite durante vários quilómetros, até decidir “abafar” os aventureiros.

A fuga acabou a dez quilómetros do final, quando o último resistente, Asier Etxeberria (Euskatel), foi “caçado”. Aí lançaram-se as equipas dos velocistas e o melhor “comboio” acabou por ser o da Mortágua, que foi a única equipa a conseguir ter um verdadeiro lançador para o seu sprinter António Barbio “rebocou” João Matias até ao sprint final. O segundo lugar ficou para Scott McGill (Wildlife Generation), que tinha vencido a etapa 1 e soma, assim, mais pontos relevantes para a camisola verde.

Na classificação geral nada se alterou, com Rafael Reis a manter-se de camisola amarela, com nove segundos de vantagem para Mauricio Moreira (Glassdrive), que foi terceiro na etapa, apesar de não ser, em teoria, um momento indicado ao seu perfil. E explicou o motivo do sprint: “Estes finais são difíceis e no final fica uma confusão. Por isso tentei estar na frente, para evitar quedas. E depois quando um ciclista vê a meta e está nas posições da frente acaba sempre por tentar sprintar”.

Para este domingo está agendada uma das principais etapas desta Volta a Portugal. Os ciclistas vão terminar o dia com uma escalada à Torre, na Covilhã, que será o palco de duelo entre os principais trepadores. Rafael Reis largará, em teoria, a camisola amarela que ainda veste e Mauricio Moreira terá de provar, pela primeira vez, se é mesmo o mais forte candidato ao triunfo na corrida.

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