Histórias do Tour: Gogl queria dar-lhes música

Durante toda a Volta a França, o PÚBLICO traz histórias e curiosidades sobre os ciclistas e equipas em prova.

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Gogl em acção pela Alpecin DR

Se tudo tivesse corrido como Michael Gogl imaginou inicialmente, o ciclista da Alpecin estaria, por estes dias, a dar música a alguém. Felizmente – julgando pelas palavras do próprio –, a verdadeira vocação acabou por surgir e afastou-o do violoncelo.

Referimo-nos aos anos de Gogl como artista desse complexo instrumento – dos que agoniam quando não são tocados a preceito. E Gogl percebeu que não tinha os predicados necessários.

“Tocava violoncelo quando era mais novo, mas tenho de dizer que o meu talento para a música nunca apareceu. O meu irmão toca violino profissionalmente, mas eu sou mais de ouvir e nunca mais toquei violoncelo”, explicou ao Velonews.

E detalhou as dificuldades: “O violoncelo é muito difícil. E se não praticares é impossível de tocar. Se souberes tocar piano e souberes umas músicas, consegues tocá-las após anos sem prática. Mas com um violoncelo a prática é muito importante – pelo menos para mim”.

E o ciclista austríaco explicou que a mãe tentava levar os filhos para o lado musical e o pai para o desportivo – um filho seguiu a música, outro o desporto.

Apesar de ter percebido que não tinha talento para aquele instrumento, Gogl garante que não deixou a música clássica de lado. “Gosto de ouvir a orquestra do meu irmão. É algo diferente e as pessoas mais novas não gostam e não entendem a música. Mas estar ali e sentir o poder da orquestra por vezes é maravilhoso”.

Na estrada, Gogl foi um dos principais azarados da Volta a França. Caiu na etapa 5, envolvido num acidente de Daniel Oss com um espectador. Enfrenta diversas lesões, foi operado e ficará algum tempo longe da bicicleta.

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