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Em Famalicão, Armindo vive num cenário “indigno do século XXI, em Portugal”

©Vera Azevedo
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"Quando entrei na casa do senhor Armindo pela primeira vez fiquei impressionada", recorda a fotógrafa Vera Azevedo, em entrevista ao P3. A sua mente viaja para Novembro de 2021 quando descreve um cenário "indigno do século XXI em Portugal". Em Delães, no concelho de Famalicão, "o tecto da casa do senhor Armindo está a cair e o chão está quase a desabar", descreve. "Há humidade em todos os cantos, as paredes estão a desfazer-se." Sem fornecimento eléctrico há mais de um ano, o homem, que "é velho demais para trabalhar e demasiado novo para a reforma", vive na companhia do seu cão, Joaquim, na casa que pertencia aos seus pais, já falecidos. É com o companheiro de quatro patas que divide a comida que recebe do apoio da Junta de Freguesia de Bairro. "A sua casa de banho é um quadrado de cimento sem porta, no exterior, onde há apenas uma sanita."

A série de imagens que Vera Azevedo realizou no âmbito da disciplina de Fotojornalismo do curso de Fotografia do Instituto Português de Fotografia, que frequenta desde 2020, tem como título Escuridão das 16 Horas. "Senti que há uma injustiça muito grande", lamenta. "Alguém tem de fazer algo pelo senhor Armindo." O PÚBLICO visitou o local e conheceu, a fundo, a situação do homem de 57 anos. Lê a reportagem integralmente aqui.

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