A arte, segundo Jonathan Coe, quer boa dose de loucura

O humor melancólico que atravessa o romance de Jonathan Coe remete para os melhores momentos da sua obra. Desta vez inspirado no seu ídolo, Billy Wilder, o homem que nunca deixou de troçar, nem quando estava a perder a criatividade.

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Jonathan Coe assume que a grande influência da sua escrita de ficção é o cinema de Billy Wilder Josefina Melo

Há uma frase no livro que sintetiza a literatura de Jonathan Coe e ajuda a explicar o seu fascínio pelo cinema de Billy Wilder. É uma frase sobre música para filmes retirada do pensamento da narradora e protagonista, Calista. Pensando em Ravel ou Debussy, ela expressa-se: “O aspecto que me agradava no trabalho desses compositores era, sobretudo, o facto de não serem dados a voos grandiloquentes e triunfais — criavam uma música de natureza discreta e irónica, que parecia sugerir um mundo no qual a joie de vivre coexistia invariavelmente com um persistente e implacável sentimento de melancolia.”

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Há uma frase no livro que sintetiza a literatura de Jonathan Coe e ajuda a explicar o seu fascínio pelo cinema de Billy Wilder. É uma frase sobre música para filmes retirada do pensamento da narradora e protagonista, Calista. Pensando em Ravel ou Debussy, ela expressa-se: “O aspecto que me agradava no trabalho desses compositores era, sobretudo, o facto de não serem dados a voos grandiloquentes e triunfais — criavam uma música de natureza discreta e irónica, que parecia sugerir um mundo no qual a joie de vivre coexistia invariavelmente com um persistente e implacável sentimento de melancolia.”