Sem salários indexados à inflação, poder de compra fica nas mãos do Governo

Em Portugal não existe a prática de indexar de forma automática as actualizações salariais à inflação, tanto no sector privado como no público. Medida não agrada aos bancos centrais, mas também não gera grande entusiasmo junto dos sindicatos e das empresas. Uns porque querem aumentos maiores e as outras porque alertam que o tecido empresarial não aguenta aumentos ao nível da inflação e pedem apoios públicos.

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Não existe no mercado de trabalho português a prática de indexar de forma automática as actualizações salariais à inflação. Uma realidade que vai ao encontro das recomendações dos bancos centrais, que temem que se crie uma espiral inflacionista, mas que, para muitos portugueses, aumenta o risco de perda de poder de compra durante os próximos meses. A dimensão da perda vai depender, contudo, daquilo que o Governo decidir fazer no decorrer deste ano e do próximo com os salários dos funcionários públicos e em relação às medidas de apoio às empresas.

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Não existe no mercado de trabalho português a prática de indexar de forma automática as actualizações salariais à inflação. Uma realidade que vai ao encontro das recomendações dos bancos centrais, que temem que se crie uma espiral inflacionista, mas que, para muitos portugueses, aumenta o risco de perda de poder de compra durante os próximos meses. A dimensão da perda vai depender, contudo, daquilo que o Governo decidir fazer no decorrer deste ano e do próximo com os salários dos funcionários públicos e em relação às medidas de apoio às empresas.