Will Smith, a Ucrânia e a masculinidade tóxica

Tem vindo a fazer caminho a ideia de que a História da humanidade pode ser reduzida ao constante domínio físico e psicológico do homem tóxico sobre a mulher intoxicada.

Quando eu era novo, aquilo que Will Smith fez a Chris Rock na cerimónia dos Óscares chamava-se uma agressão. Agora, parece que se chama “um caso de masculinidade tóxica”. A diferença entre uma “agressão” e um “caso de masculinidade tóxica” é que a primeira é o produto de um comportamento individual, e a segunda é o subproduto de um comportamento colectivo. A primeira leva-nos a concluir que o indivíduo Will Smith é um idiota, pois bateu num colega por causa de uma simples piada sobre a sua mulher. A segunda convida cada homem, quer se chame Will Smith ou não, a auto-analisar-se em busca de vestígios dessa masculinidade tóxica atroz, que tem com toda a probabilidade dentro de si e até hoje se esqueceu de remover.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Quando eu era novo, aquilo que Will Smith fez a Chris Rock na cerimónia dos Óscares chamava-se uma agressão. Agora, parece que se chama “um caso de masculinidade tóxica”. A diferença entre uma “agressão” e um “caso de masculinidade tóxica” é que a primeira é o produto de um comportamento individual, e a segunda é o subproduto de um comportamento colectivo. A primeira leva-nos a concluir que o indivíduo Will Smith é um idiota, pois bateu num colega por causa de uma simples piada sobre a sua mulher. A segunda convida cada homem, quer se chame Will Smith ou não, a auto-analisar-se em busca de vestígios dessa masculinidade tóxica atroz, que tem com toda a probabilidade dentro de si e até hoje se esqueceu de remover.