A última dança de Silva Melo com Nöel Coward

Vida de Artistas estreia-se esta quarta-feira no Teatro São Luiz, em Lisboa. Na sua derradeira encenação, Silva Melo regressa a um autor que escrevia com um “sorriso de compreensão pelas fraquezas humanas”. Até 10 de Abril.

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Jorge Silva Melo sempre gostou de entregar os textos aos actores e deixar que viessem deles as propostas que fariam as peças levantar-se da página. O que não quer dizer que se ausentasse das suas competências de encenador, mas era assumido que o seu verdadeiro prazer era o de gastar as suas horas rodeado de actores, a testemunhar os momentos em que descobriam a chave para uma cena ou lançavam a peça para um lugar inesperado. E assim terá sido até ao fim. Tendo acompanhado os ensaios de Vida de Artistas, texto em que regressava à obra de Noël Coward, até ao limite das suas forças, ensaiou com o elenco (Américo Silva, Ana Amaral, Antónia Terrinha, Jefferson Oliveira, Nuno Pardal, Pedro Caeiro, Pedro Cruzeiro, Raquel Montenegro, Rita Brütt e Tiago Matias) durante Janeiro e Fevereiro, primeiro na Casa do Artista – para onde se tinha retirado nos últimos meses –, depois, por um par de dias apenas, no Teatro da Politécnica, o refúgio dos Artistas Unidos desde 2011 (mas cuja permanência no espaço não está, neste momento, assegurada).

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Jorge Silva Melo sempre gostou de entregar os textos aos actores e deixar que viessem deles as propostas que fariam as peças levantar-se da página. O que não quer dizer que se ausentasse das suas competências de encenador, mas era assumido que o seu verdadeiro prazer era o de gastar as suas horas rodeado de actores, a testemunhar os momentos em que descobriam a chave para uma cena ou lançavam a peça para um lugar inesperado. E assim terá sido até ao fim. Tendo acompanhado os ensaios de Vida de Artistas, texto em que regressava à obra de Noël Coward, até ao limite das suas forças, ensaiou com o elenco (Américo Silva, Ana Amaral, Antónia Terrinha, Jefferson Oliveira, Nuno Pardal, Pedro Caeiro, Pedro Cruzeiro, Raquel Montenegro, Rita Brütt e Tiago Matias) durante Janeiro e Fevereiro, primeiro na Casa do Artista – para onde se tinha retirado nos últimos meses –, depois, por um par de dias apenas, no Teatro da Politécnica, o refúgio dos Artistas Unidos desde 2011 (mas cuja permanência no espaço não está, neste momento, assegurada).