Fotografia

Porque a humanidade sobreviveu à Segunda Guerra Mundial, a Magnum Photos celebra 75 anos

©W. Eugene Smith/Magnum
Fotogaleria
©W. Eugene Smith/Magnum

"Dois anos após o apocalipse chamado Segunda Guerra Mundial, nasceu a Magnum Photos", pode ler-se no site oficial. A agência criada em 1947 tinha como membros fundadores Robert Capa, Henri Cartier-Bresson, George Rodger e David “Chim” Seymour, homens "profundamente marcados pelo conflito e motivados por um sentido de alívio associado ao facto de o mundo ter, de algum modo, sobrevivido". Desde 1947 foram dezenas os grandes conflitos que se levantaram sobre a face do planeta; recorde-se que, apenas no século XXI, eclodiram as guerras no Afeganistão, no Iraque, na Líbia, na Síria, no Iémen e que, em todos esses, os fotógrafos da Magnum estiveram presentes.

As imagens que a cooperativa partilha com o P3 e com o mundo – aqui estão visíveis apenas 20 das 89 disponíveis para venda no âmbito do evento online Magnum Square Print Sale, a propósito do 75.º aniversário da agência, a decorrer até 20 de Março – são alusivas ao tema "Precedents", que pode ser traduzido, de forma livre, por "o princípio" ou "o começo". "Os fotógrafos da Magnum que participam [no evento] procuraram, nos seus arquivos pessoais, imagens que assinalam o começo de algo novo", explica a cooperativa fotográfica num comunicado dirigido ao P3. "O começo pode ser literal – a origem – ou o momento em que tudo mudou. As fotografias escolhidas podem trazer um vislumbre do início de carreira do fotógrafo; podem ser fotografias de início de projecto ou de jornada, ou imagens que deram origem a uma nova obsessão."

O autor de cada fotografia disponível para venda vai doar 50% da sua parte de lucro para o Comité Internacional da Cruz Vermelha. Precedents é o primeiro de três eventos (Magnum 75 e Vital Signs, a decorrer em Junho e Outubro, respectivamente) para celebrar o 75.º aniversário da Magnum Photos.

"No epicentro da explosão atómica. Hiroshima, Japão. 8 de Setembro de 1945. A imagem do soldado isolado foi feita no centro de Hiroshima, a localização de um centro de manobras nas proximidades de um quartel militar destruído." Wayne servia no Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, em 1945. Aterrou em Tóquio e lá assistiu à devastação causada por bombardeamentos dos Aliados na baixa da cidade, onde as pessoas continuavam a vender coisas na rua, a cortar o cabelo, mesmo entre os destroços. A próxima paragem foi Hiroshima. O centro da cidade ficou aplanado e estações de cuidados médicos atendiam as vítimas da explosão da bomba atómica. Os templos Shinto honravam os mortos, as suas cinzas que estavam guardadas em caixas. Nas notas de Wayne lê-se 'sobrou nada, nada e mais do mesmo'. Ele passou um dia em Hiroshima antes de partir em direcção a Yokohama."
"No epicentro da explosão atómica. Hiroshima, Japão. 8 de Setembro de 1945. A imagem do soldado isolado foi feita no centro de Hiroshima, a localização de um centro de manobras nas proximidades de um quartel militar destruído." Wayne servia no Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, em 1945. Aterrou em Tóquio e lá assistiu à devastação causada por bombardeamentos dos Aliados na baixa da cidade, onde as pessoas continuavam a vender coisas na rua, a cortar o cabelo, mesmo entre os destroços. A próxima paragem foi Hiroshima. O centro da cidade ficou aplanado e estações de cuidados médicos atendiam as vítimas da explosão da bomba atómica. Os templos Shinto honravam os mortos, as suas cinzas que estavam guardadas em caixas. Nas notas de Wayne lê-se 'sobrou nada, nada e mais do mesmo'. Ele passou um dia em Hiroshima antes de partir em direcção a Yokohama." ©Wayne Miller/Magnum
Jean Painleve, Paris, 1936. "Quando Philippe Haslman, de 24 anos, chegou a Paris, em 1939, Jean Painleve ofereceu-lhe uma câmara fotográfica. Este gesto marcou o início de uma longa amizade entre os dois artistas. Jean, que estava no círculo dos surrealistas, explorava as filmagens subaquáticas e ficou conhecido pelo seu estudo de cavalos-marinhos e polvos. Painleve também fazia parte de um grupo de mergulhadores chamado ‘Club des scaphandres et de la vie sous l'eau’, que Halsman fotografou em 1936. Há muitos cenários surrealistas diferentes que criaram debaixo de água (beber à mesa, brincar com uma criança, usar uma besta, andar de bicicleta). Em finais dos 1930's Halsman e Painleve escreveram uma peça de teatro surrealista juntos, mas devido à invasão nazi e à fuga de Halsman para a América, essa nunca chegou a ser encenada. Esta imagem fazia antever a curiosidade e o espírito colaborativo que ambos os artistas viriam a incluir na sua exploração criativa."
Jean Painleve, Paris, 1936. "Quando Philippe Haslman, de 24 anos, chegou a Paris, em 1939, Jean Painleve ofereceu-lhe uma câmara fotográfica. Este gesto marcou o início de uma longa amizade entre os dois artistas. Jean, que estava no círculo dos surrealistas, explorava as filmagens subaquáticas e ficou conhecido pelo seu estudo de cavalos-marinhos e polvos. Painleve também fazia parte de um grupo de mergulhadores chamado ‘Club des scaphandres et de la vie sous l'eau’, que Halsman fotografou em 1936. Há muitos cenários surrealistas diferentes que criaram debaixo de água (beber à mesa, brincar com uma criança, usar uma besta, andar de bicicleta). Em finais dos 1930's Halsman e Painleve escreveram uma peça de teatro surrealista juntos, mas devido à invasão nazi e à fuga de Halsman para a América, essa nunca chegou a ser encenada. Esta imagem fazia antever a curiosidade e o espírito colaborativo que ambos os artistas viriam a incluir na sua exploração criativa." ©Philippe Halsman/Magnum
Casamento Judeu hassídico, Nova Iorque, EUA, 1954. "Ao longo dos anos, fui tentando entender as pessoas  e a sua relação comigo. Queria entender as minhas raízes judaicas. Trabalhar sobre o tema dos judeus foi uma exploração da minha identidade; fez-se saber mais sobre mim, sobre quem eu sou. Eu vi os hassídicos no metro e reconheci-os, no sentido de que reconheci os meus pais e avôs. Eu teria sido uma dessas pessoas. Foi assim que comecei a interessar-me por eles." – Leonard Freed, "Worldview", 2007
Casamento Judeu hassídico, Nova Iorque, EUA, 1954. "Ao longo dos anos, fui tentando entender as pessoas e a sua relação comigo. Queria entender as minhas raízes judaicas. Trabalhar sobre o tema dos judeus foi uma exploração da minha identidade; fez-se saber mais sobre mim, sobre quem eu sou. Eu vi os hassídicos no metro e reconheci-os, no sentido de que reconheci os meus pais e avôs. Eu teria sido uma dessas pessoas. Foi assim que comecei a interessar-me por eles." – Leonard Freed, "Worldview", 2007 ©Leonard Freed/Magnum
Cerimónia de despedida para as Brigadas Internacionais, Les Masies, Espanha. 25 de Outubro de 1938. "A horrível tendência na guerra moderna é a da despersonalização. Os soldados só conseguem usar armas de destruição maciça porque foram ensinados a conceptualizar as suas vítimas, a não as ver como indivíduos, mas sim como uma etiqueta, uma categoria - o inimigo. A estratégia de Capa de dar rosto à guerra, repersonalizá-la, coloca ênfase no facto de serem os indivíduos quem mais sofre com a guerra; o espectador não tem outra opção que não identificar-se com esse rosto." – Richard Whelan, “Robert Capa in Spain”, em Heart of Spain, 1999.
Cerimónia de despedida para as Brigadas Internacionais, Les Masies, Espanha. 25 de Outubro de 1938. "A horrível tendência na guerra moderna é a da despersonalização. Os soldados só conseguem usar armas de destruição maciça porque foram ensinados a conceptualizar as suas vítimas, a não as ver como indivíduos, mas sim como uma etiqueta, uma categoria - o inimigo. A estratégia de Capa de dar rosto à guerra, repersonalizá-la, coloca ênfase no facto de serem os indivíduos quem mais sofre com a guerra; o espectador não tem outra opção que não identificar-se com esse rosto." – Richard Whelan, “Robert Capa in Spain”, em Heart of Spain, 1999. ©Robert Capa/Magnum
Rapazes brincam nos edifícios bombardeados do distrito pobre de Favoriten, em Vienna, na Áustria, 1948.  Uma das historias mais famosas de David Seymour foi o seu registo do suporte da UNICEF aos órfãos do pós-guerra na Europa através de seis países. O seu estilo empático e capacidade de ligação com aqueles que retratava permitiu-lhe produzir um livro que gerou interesse e simpatia pelas crianças. A introdução do livro inclui as vozes das crianças, que falam sobre como o mundo dos adultos lhes roubou a infância e as apresentou ao sofrimento e ao mal. "Poderia falar sobre mim, mas prefiro falar sobre as 13 milhões de crianças abandonadas da Europa que tiveram as suas primeiras experiências de vida numa atmosfera de morte e destruição e que passaram os primeiros anos de vida em abrigos subterrâneos, entre ruas bombardeadas, guetos em chamas, comboios de refugiados e campos de concentração. Não vos escrevo hoje com ressentimento, embora possa facilmente detestar-vos - algo que fiz mais do que uma vez. Há desculpas para que o faça e estou seguro que iriam concordar comigo se soubessem como tem sido a minha vida nos últimos dez anos e as vidas dos milhões de pessoas que ontem eram crianças e que se tornaram homens e mulheres sem nunca terem tido uma infância." – David ‘Chim’ Seymour, 'Children of Europe', 1949
Rapazes brincam nos edifícios bombardeados do distrito pobre de Favoriten, em Vienna, na Áustria, 1948. Uma das historias mais famosas de David Seymour foi o seu registo do suporte da UNICEF aos órfãos do pós-guerra na Europa através de seis países. O seu estilo empático e capacidade de ligação com aqueles que retratava permitiu-lhe produzir um livro que gerou interesse e simpatia pelas crianças. A introdução do livro inclui as vozes das crianças, que falam sobre como o mundo dos adultos lhes roubou a infância e as apresentou ao sofrimento e ao mal. "Poderia falar sobre mim, mas prefiro falar sobre as 13 milhões de crianças abandonadas da Europa que tiveram as suas primeiras experiências de vida numa atmosfera de morte e destruição e que passaram os primeiros anos de vida em abrigos subterrâneos, entre ruas bombardeadas, guetos em chamas, comboios de refugiados e campos de concentração. Não vos escrevo hoje com ressentimento, embora possa facilmente detestar-vos - algo que fiz mais do que uma vez. Há desculpas para que o faça e estou seguro que iriam concordar comigo se soubessem como tem sido a minha vida nos últimos dez anos e as vidas dos milhões de pessoas que ontem eram crianças e que se tornaram homens e mulheres sem nunca terem tido uma infância." – David ‘Chim’ Seymour, 'Children of Europe', 1949 ©David Seymour/Magnum
"A aldeia que anda sobre arame - Daguestão, Rússia, 1997. "Os muitos vales e aldeias da montanhosa Daguestão, no Cáucaso, são habitados por povos muitos distintos. Apesar da colonização russa, cada um deles preserva a sua língua e cultura. Desconhece-se a origem da tradição do povo Lak, mas no momento da minha visita, todos os homens - adolescentes e homens - afirmavam saber caminhar sobre um arame."
"A aldeia que anda sobre arame - Daguestão, Rússia, 1997. "Os muitos vales e aldeias da montanhosa Daguestão, no Cáucaso, são habitados por povos muitos distintos. Apesar da colonização russa, cada um deles preserva a sua língua e cultura. Desconhece-se a origem da tradição do povo Lak, mas no momento da minha visita, todos os homens - adolescentes e homens - afirmavam saber caminhar sobre um arame." ©Thomas Dworzak/Magnum
Blocos de apartamentos em West End, Newcastle-upon-Tyne, Inglaterra, 1969.
"Esta paisagem é importante para mim porque remete aos meus tempos de estudante de Psicologia em Newcastle, em que pensava se conseguiria fazer carreira enquanto fotógrafo freelancer. Percebi que precisava de encontrar a minha própria "voz" para ser esse tipo de fotógrafo e comecei a estudar e a imitar os fotógrafos que admirava. Nesta fotografia, acho que vejo traços de André Kertész, Cartier-Bresson, Paul Strand e René Burri. A questão tornou-se 'há espaço para a minha voz aqui também?' Com esta fotografia eu deu os primeiros passos em direcção à resposta: 'sim!'. – Chris Steele-Perkins
Blocos de apartamentos em West End, Newcastle-upon-Tyne, Inglaterra, 1969. "Esta paisagem é importante para mim porque remete aos meus tempos de estudante de Psicologia em Newcastle, em que pensava se conseguiria fazer carreira enquanto fotógrafo freelancer. Percebi que precisava de encontrar a minha própria "voz" para ser esse tipo de fotógrafo e comecei a estudar e a imitar os fotógrafos que admirava. Nesta fotografia, acho que vejo traços de André Kertész, Cartier-Bresson, Paul Strand e René Burri. A questão tornou-se 'há espaço para a minha voz aqui também?' Com esta fotografia eu deu os primeiros passos em direcção à resposta: 'sim!'. – Chris Steele-Perkins ©Chris Steele-Perkins/Magnum
Comemoração da Batalha de Waterloo, Província de Brabant, Bélgica, 1981. "Em Waterloo, todos os anos, em Junho, decorre um desfile comemorativo do dia da batalha em que Napoleão foi derrotado. À semelhanla de muitos carnavais, festivais e procissões que acontecem no país, o evento é também ocasião de grandes excessos alcoólicos. Eu encontrei algo de absurdo nestas pessoas vestidas de soldados da era napoleónica, que marchavam nas ruas de uma cidade moderna. Uma situação típica da Bélgica, onde o surrealismo teve um forte movimento artístico."
Comemoração da Batalha de Waterloo, Província de Brabant, Bélgica, 1981. "Em Waterloo, todos os anos, em Junho, decorre um desfile comemorativo do dia da batalha em que Napoleão foi derrotado. À semelhanla de muitos carnavais, festivais e procissões que acontecem no país, o evento é também ocasião de grandes excessos alcoólicos. Eu encontrei algo de absurdo nestas pessoas vestidas de soldados da era napoleónica, que marchavam nas ruas de uma cidade moderna. Uma situação típica da Bélgica, onde o surrealismo teve um forte movimento artístico." ©Harry Gruyaert/Magnum
"Noite chuvosa em Kodaikanal, Índia, 2007. Esta e dos tempos em que comecei a fotografar, em que sentia curiosidade por quase tudo à minha volta. Ao longo dos anos, creio ter perdido parte dessa curiosidade."
"Noite chuvosa em Kodaikanal, Índia, 2007. Esta e dos tempos em que comecei a fotografar, em que sentia curiosidade por quase tudo à minha volta. Ao longo dos anos, creio ter perdido parte dessa curiosidade." ©Sohrab Hura/Magnum
"Pedras e paus, restos de ossos humanos".  "Esquadrão de Demolição Submarina da Marinha dos EUA, Batalha de Iwo Juma, Japão, 1945. W. Eugene Smith tornou-se famoso pelas suas fotografias da Segunda Guerra Mundial, nomeadamente pela sua cobertura da invasão do Pacífico, de 1942-45, incluído Iwo Jima, Okinawa e Saipan. Incorporado a Marinha em Iwo Jima, Smith capturou esta imagem, que fez capa da revista LIFE, a 9 de Abril de 1945. Segundo a legenda na revista, esta fotografia mostra os soldados a explodir uma gruta que servia de entrada a um edifício que servia de quartel-general japonês na montanha conhecida por Hill 382 ou por "Moinho de Carne". O título da foto é da autoria de Smith, que a subtitulou à mão." A fotografia pertence aos herdeiros de W. Eugene Smith,"Pedras e paus, restos de ossos humanos".  "Esquadrão de Demolição Submarina da Marinha dos EUA, Batalha de Iwo Juma, Japão, 1945. W. Eugene Smith tornou-se famoso pelas suas fotografias da Segunda Guerra Mundial, nomeadamente pela sua cobertura da invasão do Pacífico, de 1942-45, incluído Iwo Jima, Okinawa e Saipan. Incorporado a Marinha em Iwo Jima, Smith capturou esta imagem, que fez capa da revista LIFE, a 9 de Abril de 1945. Segundo a legenda na revista, esta fotografia mostra os soldados a explodir uma gruta que servia de entrada a um edifício que servia de quartel-general japonês na montanha conhecida por Hill 382 ou por "Moinho de Carne". O título da foto é da autoria de Smith, que a subtitulou à mão." A fotografia pertence aos herdeiros de W. Eugene Smith
"Pedras e paus, restos de ossos humanos". "Esquadrão de Demolição Submarina da Marinha dos EUA, Batalha de Iwo Juma, Japão, 1945. W. Eugene Smith tornou-se famoso pelas suas fotografias da Segunda Guerra Mundial, nomeadamente pela sua cobertura da invasão do Pacífico, de 1942-45, incluído Iwo Jima, Okinawa e Saipan. Incorporado a Marinha em Iwo Jima, Smith capturou esta imagem, que fez capa da revista LIFE, a 9 de Abril de 1945. Segundo a legenda na revista, esta fotografia mostra os soldados a explodir uma gruta que servia de entrada a um edifício que servia de quartel-general japonês na montanha conhecida por Hill 382 ou por "Moinho de Carne". O título da foto é da autoria de Smith, que a subtitulou à mão." A fotografia pertence aos herdeiros de W. Eugene Smith,"Pedras e paus, restos de ossos humanos". "Esquadrão de Demolição Submarina da Marinha dos EUA, Batalha de Iwo Juma, Japão, 1945. W. Eugene Smith tornou-se famoso pelas suas fotografias da Segunda Guerra Mundial, nomeadamente pela sua cobertura da invasão do Pacífico, de 1942-45, incluído Iwo Jima, Okinawa e Saipan. Incorporado a Marinha em Iwo Jima, Smith capturou esta imagem, que fez capa da revista LIFE, a 9 de Abril de 1945. Segundo a legenda na revista, esta fotografia mostra os soldados a explodir uma gruta que servia de entrada a um edifício que servia de quartel-general japonês na montanha conhecida por Hill 382 ou por "Moinho de Carne". O título da foto é da autoria de Smith, que a subtitulou à mão." A fotografia pertence aos herdeiros de W. Eugene Smith ©W. Eugene Smith/Magnum
Idosa numa tempestade de neve. Hamburgo, Alemanha. 1954. "No meu décimo-sexto aniversário, o meu avô deu-me uma câmara Zeca antiga 9x12. Eu tinha de usar um pano negro para focar e de usar uma cassete que continha uma placa de vidro PERUZ de 9x12cm. Num dia frio de inverno, nevava copiosamente, eu olhei para fora da minha janela e vi pessoas a caminhar no exterior. Fiz quatro imagens e revelei as placas na cozinha escura da minha mãe. Uma dessas imagens, que descrevia uma mulher idosa a caminhar na neve, parece-me a mais interessante; decidi ampliá-la em papel de alto-contraste."
Idosa numa tempestade de neve. Hamburgo, Alemanha. 1954. "No meu décimo-sexto aniversário, o meu avô deu-me uma câmara Zeca antiga 9x12. Eu tinha de usar um pano negro para focar e de usar uma cassete que continha uma placa de vidro PERUZ de 9x12cm. Num dia frio de inverno, nevava copiosamente, eu olhei para fora da minha janela e vi pessoas a caminhar no exterior. Fiz quatro imagens e revelei as placas na cozinha escura da minha mãe. Uma dessas imagens, que descrevia uma mulher idosa a caminhar na neve, parece-me a mais interessante; decidi ampliá-la em papel de alto-contraste." ©Thomas Hoepker/Magnum
Uma viagem de carro até às montanhas Ródope, junto à fronteira com a Bulgária. 1996.
Uma viagem de carro até às montanhas Ródope, junto à fronteira com a Bulgária. 1996. ©Nikos Economopoulos/Magnum