Humanizar as coisas do mundo

Em Mundo, a poeta situa-se na esteira de Sophia de Mello Breyner, Ruy Belo ou Manuel António Pina, em que o procedimento de eclosão do poema está, muitas vezes, ligado ao poder de uma imagem que a poesia compartilha connosco.

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Ana Luísa Amaral situa-se aqui na esteira de grandes poetas, com particular destaque para Sophia de Mello Breyner Anna Costa

Uma primeira observação nos aguarda, proveniente de algo que conhecemos da obra anterior de Ana Luísa Amaral: a confirmação de que cada livro seu responde a uma ideia-projecto que depois irá sendo declinada pelos vários poemas e irá, assim, recebendo a sua conformação ao longo do volume. Se começarmos então, como tantas vezes fazemos para compreender esta estruturação in toto, pelo índice, teremos uma visão global da obra: cinco partes constituídas, cada uma, por vários poemas, agrupados em torno de uma ideia temática, juntando-se a estes cinco grupos um poema inicial, como que tutelarmente abrindo o livro, intitulado Do mundo.

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Uma primeira observação nos aguarda, proveniente de algo que conhecemos da obra anterior de Ana Luísa Amaral: a confirmação de que cada livro seu responde a uma ideia-projecto que depois irá sendo declinada pelos vários poemas e irá, assim, recebendo a sua conformação ao longo do volume. Se começarmos então, como tantas vezes fazemos para compreender esta estruturação in toto, pelo índice, teremos uma visão global da obra: cinco partes constituídas, cada uma, por vários poemas, agrupados em torno de uma ideia temática, juntando-se a estes cinco grupos um poema inicial, como que tutelarmente abrindo o livro, intitulado Do mundo.