A estranha história dos poemas que foram à guerra e voltaram

Mobilizado para a guerra colonial, o médico e anti-fascista Jorge Ginja levou consigo para Cabinda uma bobine com poemas ditos por Mário Viegas. Mais de 50 anos volvidos, essas gravações inéditas foram agora editadas em dois CD que integram o livro Voz Própria.

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Os poemas e textos teatrais que Mário Viegas gravou para o amigo Jorge Ginja, de partida para a guerra colonial, estão agora em livro, com dois CD: "Voz Própria" arquivo público

Mário Viegas tinha 20 anos quando gravou no Porto, em 1969, a pedido de um amigo que ia partir para a guerra colonial — o médico Jorge Ginja, que veio a ser delegado regional de Cultura do Norte nos governos de António Guterres —, cerca de meia centena de poemas e dois textos teatrais. A bobine, que acompanhou o médico nos dois anos que este passou em Belize, na província angolana de Cabinda, foi ouvida pela família após a sua morte, em Maio de 2020, e deu agora origem a um livro/disco lançado este Natal pela editora In-Libris: Voz Própria. Jorge Ginja e Mário Viegas. Poesia, Resistência e Liberdade.

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Mário Viegas tinha 20 anos quando gravou no Porto, em 1969, a pedido de um amigo que ia partir para a guerra colonial — o médico Jorge Ginja, que veio a ser delegado regional de Cultura do Norte nos governos de António Guterres —, cerca de meia centena de poemas e dois textos teatrais. A bobine, que acompanhou o médico nos dois anos que este passou em Belize, na província angolana de Cabinda, foi ouvida pela família após a sua morte, em Maio de 2020, e deu agora origem a um livro/disco lançado este Natal pela editora In-Libris: Voz Própria. Jorge Ginja e Mário Viegas. Poesia, Resistência e Liberdade.