O que conduziu afinal a esta desenfreada compra de catálogos musicais?

Bruce Springsteen vendeu o seu catálogo à Sony Music por 500 milhões de dólares, seguindo o exemplo de Bob Dylan, Tina Turner, Shakira ou Paul Simon. A ascensão do streaming e o valor permanente das canções são parte da explicação de todo este frenesim financeiro.

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Bruce Springsteen, 72 anos, é o mais recente nome sonante a vender o seu catálogo por uma quantia milionária Reuters/LUCAS JACKSON

Nada disto é novo. Já nos idos de 1960 os Beatles eram aconselhados a adquirirem catálogos de canções, recolhendo os proveitos dos respectivos direitos autorais. Duas décadas depois, McCartney aconselhou o seu jovem amigo Michael Jackson a fazer o mesmo. Jackson seguiu à risca o conselho e comprou o catálogo dos Beatles. Perdeu a amizade com McCartney mas confirmou o génio financeiro da operação. As 251 canções dos Beatles compradas em 1985 por 47 milhões de dólares foram vendidas, uma década depois, por 95 milhões. Quando vemos Bruce Springsteen vender todo o seu catálogo à Sony Music, como aconteceu esta semana, a tentação será, portanto, pensar que nada disto é novo. Talvez não seja. Mas nunca aconteceu a esta escala, com este tipo de protagonistas.

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Nada disto é novo. Já nos idos de 1960 os Beatles eram aconselhados a adquirirem catálogos de canções, recolhendo os proveitos dos respectivos direitos autorais. Duas décadas depois, McCartney aconselhou o seu jovem amigo Michael Jackson a fazer o mesmo. Jackson seguiu à risca o conselho e comprou o catálogo dos Beatles. Perdeu a amizade com McCartney mas confirmou o génio financeiro da operação. As 251 canções dos Beatles compradas em 1985 por 47 milhões de dólares foram vendidas, uma década depois, por 95 milhões. Quando vemos Bruce Springsteen vender todo o seu catálogo à Sony Music, como aconteceu esta semana, a tentação será, portanto, pensar que nada disto é novo. Talvez não seja. Mas nunca aconteceu a esta escala, com este tipo de protagonistas.