Marilyn Manson tinha duas nomeações aos Grammys, agora só tem uma

O artista, que está a ser investigado por abuso e violência sexual, perdeu o crédito na nomeação na categoria de Melhor Canção Rap por Jail Pt. 2, de Kanye West e Jay-Z, mas continua nomeado na categoria de Melhor Álbum do Ano, pela sua colaboração em Donda, de Kanye West.

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Marilyn Manson Reuters/DANNY MOLOSHOK

O artista Marilyn Manson, que está a ser investigado em Los Angeles por abusos e violência sexual, viu ser removida uma das suas duas nomeações para a 64.ª edição dos Prémios Grammy, cuja lista de nomeados tinha sido anunciada na semana passada. A cerimónia de atribuição dos prémios está marcada para o dia 31 de Janeiro do próximo ano.

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O artista Marilyn Manson, que está a ser investigado em Los Angeles por abusos e violência sexual, viu ser removida uma das suas duas nomeações para a 64.ª edição dos Prémios Grammy, cuja lista de nomeados tinha sido anunciada na semana passada. A cerimónia de atribuição dos prémios está marcada para o dia 31 de Janeiro do próximo ano.

Marilyn Manson, cujo verdadeiro nome é Brian Hugh Warner, estava nomeado na categoria de Melhor Canção de Rap, pela sua colaboração com Kanye West e Jay- Z na música Jail Pt. 2. No site dos Prémios Grammy, sem outra explicação, lê-se: “O compositor Marilyn Manson (também conhecido como Brian Hugh Warner) foi removido”. Mas, nas nomeações, o seu nome ainda aparece no álbum Donda, de Kanye West, na categoria de candidatos ao Melhor Álbum do Ano.

A Entertainment Weekly, citando fontes anónimas, assegura que Brian Hugh Warner não escreveu a canção pela qual estava nomeado e por isso foi retirado da lista que tinha sido anunciada no dia 23 de Novembro. No Spotify, faz notar a Entertainment Weekly, o seu nome também não aparece nos créditos como um dos autores da música. 

Nessa mesma página, explicam que todos os anos a Recording Academy, depois de anunciar as nomeações para os prémios Grammy, faz rectificações à primeira lista apresentada. Este ano, escrevem, pela primeira vez estão a tornar públicas essas actualizações para garantir que há em todo o processo “transparência e acesso às informações”.

Conta o jornal New York Times que dias depois do anúncio das nomeações dos Grammys houve interrogações sobre as nomeações, não só de Manson mas também do humorista Louis C.K, que em 2017 pediu desculpa pela sua conduta sexual imprópria, nomeado por Sincerely Louis CK , candidato a Álbum Cómico do Ano.

Numa entrevista ao The Wrap, Harvey Mason Jr., presidente executivo da Recording Academy, veio dizer que as nomeações se baseiam apenas na qualidade das gravações que são enviadas para o prémio e não no comportamento dos artistas: “Não olhamos para a história das pessoas, nem para os seus antecedentes criminais, não olhamos para nada além do que é válido dentro das nossas regras; de as gravações serem elegíveis para nomeação com base na data e em outros critérios”.

Além de outras alterações como a inclusão de nomes que faltavam nos créditos ou correcção de erros de ortografia foi também acrescentada à lista a compositora Linda Chorney, na categoria de Melhor Canção com Raízes Norte-Americanas, com a canção Bored.