Autarquias anunciam cancelamento dos festejos da passagem de ano

A evolução da pandemia e as novas medidas de contenção obrigam a uma mudança de planos. Várias cidades do país cancelam os festejos do fim de ano.

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Paulo Pimenta, Público

O presidente da Câmara de Lisboa vai anunciar nos próximos dias “grandes restrições” aos festejos da passagem de ano. “Não haverá os típicos concertos na noite de 31, porque isso criaria um grande aglomerado de pessoas, e estamos a estudar se haverá ou não o fogo-de-artifício. Tomarei uma decisão muito rapidamente, mas haverá seguramente grandes restrições e dentro de um dia ou dois poderei anunciar essa decisão”, declarou Carlos Moedas à CNN Portugal.

Na cidade do Porto, também o último dia do ano não vai ser celebrado nas ruas. A confirmação foi feita pelo presidente da Câmara, Rui Moreira, no dia em que o país entrou em estado de calamidade. O autarca anunciou o cancelamento de “todos os festejos de rua, inclusivamente o fogo-de-artifício”. “Vamos evitar a concentração nas ruas. Era nossa intenção fazer o fogo-de-artifício na praia, mas as circunstâncias são o que são e temos de nos ajustar”, justificou Rui Moreira.

O concerto dos GNR, agendado para o dia 31 de Dezembro, no Queimódromo, foi antecipado para a véspera, no Pavilhão Rosa Mota. O presidente da Câmara adiantou que “será gratuito para os portadores do cartão ‘Porto.’. As pessoas terão é de ter a vacinação completa”.

Esta quinta-feira, também a autarquia de Braga comunicou o cancelamento dos festejos da passagem de ano. “Vamos ter um conjunto de actividades muito alargado no âmbito natalício, mas relativamente ao fim de ano prescindimos de o organizar. Não teremos comemorações de fim de ano em Braga em 2021”, esclareceu Ricardo Rio, presidente da Câmara.

A passagem de ano também não vai ser festejada nas ruas da Nazaré. A resolução foi comunicada pela Câmara local, na passada sexta-feira, 26 de Novembro. “A decisão foi alvo de grande ponderação e não foi tomada de ânimo leve”. Tendo em conta as novas medidas de combate à covid-19, anunciadas na semana passada, a deliberação “foi, no entender da autarquia [da Nazaré], a mais sensata uma vez que o município não conseguirá controlar os grandes aglomerados, bem como, a obrigação de apresentação dos testes negativos”.

Em Albufeira, a decisão é parcialmente diferente. Haverá fogo-de-artifício, ainda que de forma deslocalizada, mas não será possível assistir ao habitual espectáculo de música na Praça dos Pescadores.

A Madeira, onde se prevê uma taxa de ocupação hoteleira de 85,1% nos últimos dias do ano, ainda não se manifestou sobre a possibilidade de cancelamento do programa de festas. No entanto, de acordo com Eduardo Jesus, Secretário Regional de Turismo e Cultura, sabe-se que foram investidos cerca de um milhão de euros no fogo-de-artifício, que é imagem de marca da região nessa altura do ano.

Texto editado por Ana Fernandes

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